Nova usina de biogás transformará lixo de 20 municípios em energia

Uma das soluções ambientalmente corretas para os resíduos sólidos é a transformação em biogás.

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Motores abastecidos pelo biogás do aterro transformam os resíduos em energia
Foto: GE Divulgação

 A Estre, proprietária do aterro de Guatapará, inaugurou em, 13 de agosto, uma usina de geração de energia a partir do biogás. O local recebe lixo de 20 municípios da região de Ribeirão Preto, interior de São Paulo.

Com investimentos de R$ 15 milhões, a usina terá capacidade de produzir 4,2 megawatts por hora, o suficiente para abastecer 18 mil pessoas. A energia é gerada a partir da combustão de gases emitidos na decomposição de lixo orgânico.

O diretor de energia e novos negócios da Estre, Alexandre Alvim, informou à Folha de S.Paulo que a usina está funcionando desde maio e que 80% da energia produzida já foi vendida - por três anos - para uma empresa que comercializa alimentos. "Temos ainda 20% da nossa produção à venda para parcerias em curto prazo."


A Estre associou-se à portuguesa Enc Energy, que já tem usinas de biogás na Europa. Além de participarem com 10% do investimento, os portugueses também forneceram a tecnologia e o modelo de exploração do biogás.Alvim afirmou também que a Estre projeta expandir a estrutura de Guatapará para 10 megawatts por hora e também construir mais nove usinas em seus outros aterros para produzir 100 megawatts/hora. O investimento previsto é de R$ 300 milhões e os locais estão sendo definidos entre as 23 unidades da empresa.

Como funciona?
A energia de Guatapará é obtida a partir da decomposição do lixo orgânico, que equivale a 55% dos dois milhões de toneladas de resíduos armazenados no aterro.
Por dia, o local recebe 2.400 toneladas de lixo.
O gás, composto na sua maioria por metano, é captado, passa por um filtro e entra em três motores que fazem a conversão para a energia.
A energia é enviada a uma subestação em Pradópolis e distribuída. "Com a rede interligada poderemos fornecer para clientes distantes", conclui Alvim.



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