Privacidade: quatro ferramentas que você não encontra nas redes sociais

Você é paranoico? Então descubra outras maneiras de garantir a sua privacidade além da autenticação de dois fatores.

Você é usuário das redes sociais - ao menos uma, talvez algumas. Todo mundo usa. Você provavelmente sabe tudo sobre as configurações de privacidade das suas redes preferidas, o bastante para garantir que o mundo todo não saiba da sua vida. Mas se você é paranoico - quem nunca, não é mesmo? - você pode achar meios de garantir a sua privacidade além daautenticação de dois fatores.
Você deve começar com as configurações básicas das suas redes sociais, claro. Se você não se preocupa em limitar a visualização dos seus posts ou não liga de estar sendo taggeado em todo e qualquer lugar (obrigada, tecnologia de reconhecimento facial!), então não há mais o que fazer. 
O Facebook tem as configurações mais complexas de todas as redes sociais, então siga o nosso passo a passo para obter as instruções completas. Depois de confirmar que suas fotos, informações de contato e reflexões políticas não estão disponíveis para todo o mundo ver, você pode tomar algumas medidas adicionais para proteger a sua privacidade.
1. Fique de olho nas permissões
Toda vez que você baixar um aplicativo no seu smartphone, você permite que os desenvolvedores vejam algumas das suas informações. Às vezes elas são básicas, como o seu
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nome. Outras vezes eles pedem acesso a sua lista de contatos, informações da conta do Facebook ou Twitter, sua localização ou as suas fotos.

Então, como saber quais aplicativos estão invadindo sua lista de contatos ou tendo acesso às suas fotos? Os aplicativos para iOS devem pedir permissão, antes da instalação, para acessar seus contatos, localização, conta do Facebook, e microfone - e você pode facilmente conceder ou revogar o acesso a partir da seção de privacidade nas configurações do telefone.
O Android costumava ter um recurso oculto chamado App Ops, que permitia ao usuário controlar rigidamente as permissões de cada aplicativo - mas o Google acabou com ele três semanas depois do seu lançamento, no ano passado.
No entanto, o Black Ops ainda pode ser acessado nas versões Android 4.3 até a 4.4.1 por meio de controladores terceiros, como o App Ops 4.3/4.4, da Color Tiger.
Você pode usar este app para controlar as permissões de uma ampla gama de aplicativos Android (sociais ou não). Esteja ciente de que App Ops não é um recurso oficial do sistema, e controladores terceiros têm o potencial de quebrar os aplicativos com os quais se conectam.
Para um desenvolvedor de aplicativos não há nada melhor do que ter acesso a todos os seus dados, e, por vezes, tal acesso até faz sentido. Por exemplo, se você quiser compartilhar suas fotos do Instagram em outra rede social, é lógico para essa rede solicitar permissão para ver o seu rolo da câmera.
Mas o aplicativo não precisa ter acesso aos seus contatos - e é por isso que você deve considerar o uso do MyPermissions como um sistema central de monitoramento para acompanhar as permissões que você concedeu.
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O serviço - disponível como um plug-in para desktop e como um aplicativo para iOS, Android e Kindle Fire - monitora qualquer aplicativo conectado ao seu Dropbox, contas do Facebook, Google, LinkedIn e Twitter. Se você usar uma das suas redes sociais para se conectar a outro site ou aplicativo, o MyPermissions emitirá uma notificação. 
O Facebook já exige dos aplicativos que usam o "Login com Facebook" que solicitem a sua permissão para postar em seu mural, mas o MyPermissions faz mais do que isso.
2. Escutas na Web
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Ficar de olho em vários sites ao mesmo tempo é fácil, mas e quanto aos lugares que você não visita ou as redes que você não pensa em se inscrever? Como saber se o seu nome está sendo envolvido em fofocas? Você pode configurar alertas com um serviço chamado Mention - uma alternativa aosGoogle Alerts para redes sociais.
Configure palavras-chave para alertas - o seu nome ou qualquer outra coisa que você queira ficar de olho - com o Mentions para iOS ou Android, sites ou aplicativos para o Chrome, e defina filtros para os lugares que você quer monitorar (por exemplo, Facebook e Twitter, mas não blogs ou fóruns).
Tal como acontece com os Google Alerts, você pode escolher a frequência de notificações. O Mentions parece particularmente útil para figuras públicas ou empresas, e oferece níveis pagos para grandes marcas, mas é uma boa maneira de monitorar sua reputação social.
Você pode ficar com o Google Alerts, mas o Mentions oferece uma interface de usuário mais agradável, estatísticas sobre a frequência que você é mencionado, e a capacidade de interagir com um alerta - você pode responder a um tweet, mesmo sem deixar uma menção, se quiser.
3. Diga não às tags com localização
Compartilhamos fotos em redes sociais sem pensar duas vezes, mas até mesmo uma foto inofensiva pode conter mais
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 informações do que você gostaria que tivesse. Quando você publica uma imagem, pessoas intrometidas podem facilmente coletar o local citado nas tags, ou a informação que as configurações do seu smartphone atribui automaticamente às fotos que você tira.

Pesquisadores da Universidade da Califórnia, em Berkeley, e do Instituto Internacional de Ciência da Computação desenvolveram um estudo superbizarro, que mostra a quantidade de informação que você está compartilhando ao publicar coisas no Twitter e no Instagram - e os resultados são baseados apenas nas "geotags", e não nos metadados de suas fotos. 
Se você compartilha imagens suficientes de alguns lugares em uma base regular, stalkers podem facilmente descobrir onde você gasta a maior parte do tempo e usar isso em benefícios deles.
Para evitar dizer ao mundo onde você estará em um determinado dia, desligue os serviços de localização quando você postar coisas nas redes sociais. Você pode evitar que o seu smartphone anexe as tais geotags em suas fotos, alterando as configurações da câmera.
4. O buraco é mais embaixo
É claro que, se você levar a sua privacidade super a sério, você provavelmente não irá querer usar uma rede que dá as suas informações para anunciantes. 
Novos sites sociais e aplicativos de mensagens estão afirmando que oferecem mais privacidade na forma de criptografia, grupos secretos, e por meio do uso de protocolos peer-to-peer (P2P) para evitar que o usuário seja rastreado por empresas (ou pela NSA). 
BitTorrent, Sgrouples, Silent Circle, e Wickr são apenas alguns dos maiores nomes no espaço social secreto, e possuem formas de comunicação sem que seja necessário colocar qualquer um dos seus dados.

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