O poder das folhas artificiais contra o aquecimento global

Cientistas norte-americanos estão criando folhas artificiais capazes de imitar a fotossíntese. 

artificial-leaf-destaque.jpg
Pelo menos quatro universidades norte-americanas estão tentando recriar folhas em laboratórios que realizem o fenômeno da fotossíntese
Foto: Daniel Nocera/ACS

O objetivo central é produzir energia renovável e abrir mão dos combustíveis fósseis, mas uma das consequências dessa pesquisa é que durante o processo de “respiração” as folhas criadas pelos homens podem ajudar a despoluir a atmosfera e “interromper” o processo de aquecimento global. Com um detalhe: a tecnologia poderá ser aplicada dentro de um ano nos Estados Unidos.

Em um laboratório científico, as folhas artificiais são capazes de produzir um combustível renovável que substitui os derivados de petróleo. O processo é similar ao da fotossíntese, no qual a planta usa a luz do sol para transformar dióxido de carbono (CO2) em açúcar, sua fonte de energia. Com a nanotecnologia foi possível conceber um protótipo da superfície das folhas e reproduzir em laboratório, um processo que a natureza realiza a todo tempo, informou a BBC.

folha-artificial.jpg

E o que tudo isso tem a ver com o aquecimento global? É que as “folhas” substituirão as placas solares convencionais de energia para gerar combustível limpo. Neste processo estes novos painéis vão captar o CO2, realizando um dos principais trabalhos do Reino Vegetal: limpar o ar e evitar que mais poluentes cheguem à atmosfera.
O processo de produção da folha artificial utiliza nanotecnologia
Foto: Nonotechnology World 


Pesquisas voltadas para reproduzir o fenômeno da fotossíntese e converter energia são feitas em pelo menos quatro institutos norte-americanos, como a Universidade Yale, o Instituto de Tecnologia da Califórnia em Pasadena, o Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT) e a Universidade de Washington em Seattle, informou o The New York Times.

Enquanto isso... as folhas naturais são perfeitas placas solares

Em geral, as placas solares tradicionais têm entre 12% e 17% de eficiência quântica - a maioria das folhas naturais consegue aproveitar 100%. Ou seja, rendimento máximo na geração de energia. Este dado foi fornecido por outra linha de pesquisa que avança na captação de energia solar pelas folhas naturais, desenvolvido por pesquisadores da Universidade da Geórgia (USG).

Os pesquisadores da USG introduzem nanotubos nos vegetais, que são 50 mil vezes mais finos que um fio de cabelo, e permitem que a energia produzida na superfície da folha seja conduzida a um dispositivo que a transforma em eletricidade. Os experimentos realizados até hoje já obtiveram níveis de corrente elétrica duas vezes maiores que em sistemas convencionais. Porém, este é um estudo ainda sem prazo para ser inserido de forma prática no cotidiano das pessoas.

(ECOD)

Postar um comentário

0 Comentários