A
destruição da Floresta Atlântica situada ao norte do Rio São Francisco, vem
acontecendo há séculos.
Essa
região, que também é chamada de Corredor de Biodiversidade do Nordeste (CBNE),
corresponde atualmente ao que restou das florestas, que no passado cobriam
parte dos estados de Alagoas, Pernambuco, Paraíba e Rio Grande do Norte. Nos
últimos anos, importantes iniciativas que visam recuperar parte dessas
florestas degradadas vêm sendo implementadas na região, gerando uma crescente
demanda por mudas de árvores nativas da Mata Atlântica.
De
olho nessa oportunidade, o Centro de Pesquisas Ambientais do Nordeste (Cepan),
através do Núcleo de Formação em Ciência & Tecnologia Ambiental do
Nordeste, realiza entre os dias 11 e 14 de março de 2013, o II Curso de
Capacitação para Viveiristas Florestais do Corredor de Biodiversidade do
Nordeste. A formação, que será realizada na Destilaria Japungu, Santa Rita/PB é
voltada para viveiristas, que desejam se especializar na produção de mudas para
a restauração florestal e fortalecer ou iniciar um empreendimento nessa área.
O
Cepan realizou, em 2010, no CBNE, um diagnóstico com o objetivo de avaliar as
condições de produção de mudas. De acordo com o estudo, a região ainda possui
iniciativas de produção bastante rústicas. As mudas apresentam baixa qualidade
e baixa diversidade entre as espécies produzidas, o que as torna inadequadas
para o uso em projetos de restauração florestal.
De
acordo com Gabriel Favero, coordenador do Núcleo de Formação em Ciência &
Tecnologia, o curso é estratégico por que irá apresentar técnicas como: gestão
de viveiros, marcação de matrizes (árvores de boa qualidade para fornecimento
de sementes) e beneficiamento de sementes que tornam a atividade de produção de
mudas viável para a restauração florestal.
A
metodologia do curso compreende estudos teóricos e práticos de métodos de
produção e comercialização. Ainda segundo Gabriel Favero, a didática do curso
tem foco na atividade prática, na intenção de alcançar todo o tipo de público,
que tenha formação técnica ou não.
O
II Curso de Capacitação para Viveiristas Florestais do Corredor de
Biodiversidade do Nordeste é fruto de uma parceria entre o Cepan e o Fundo
Brasileiro para a Biodiversidade, por meio do Acordo Tropical Forest
Conservation Act – Acordo TFCA. A iniciativa conta com os apoios da Conservação
Internacional (CI-Brasil), Monsanto, Universidade Federal de Pernambuco,
Japungu Agroindustrial S.A, Miriri Alimentos e Bioenergia e o Complexo
Industrial Portuário Governador Eraldo Gueiros – Suape.
Como
facilitadores, a formação traz Adriano Vicente, doutor em Botânica pela
Universidade Federal Rural de Pernambuco, Severino Rodrigo Ribeiro Pinto,
doutor em Biologia Vegetal pela Universidade Federal de Pernambuco e Diretor de
Projetos do Centro de Pesquisas Ambientais do Nordeste (CEPAN) e Nino Tavares
Amazonas, mestre em Recursos Florestais com ênfase em Conservação de
Ecossistemas Florestais pela USP/ESALQ e Especialista em Restauração no
Programa de Conservação Mata Atlântica e Savanas Centrais, na The Nature
Conservancy.
Cepan –
Organização não governamental, que trabalha, há 12 anos com foco na conservação
ambiental e desenvolve projetos nas áreas de Mata Atlântica, dos estados de
Alagoas, Pernambuco, Paraíba e Rio Grande do Norte, que compreendem o Corredor
de Biodiversidade do Nordeste (CBNE). No estado da Paraíba, a organização
desenvolve projetos de restauração florestal, em parceria com a iniciativa
privada do setor sucroalcooleiro.
(Fonte:
Ascom Cepan)
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