FOTO DE QUASIPARTÍCULA

A imagem da estrutura quântica não surge na tela como um objeto como os que estamos acostumados a ver em escala macro, como uma bola, um cubo ou qualquer outro formato.

Quasipart�cula � fotografada pela primeira vez
Esta ilustra��o � mais clara do que a imagem propriamente dita: Um laser vindo da parte superior esquerda acerta a ponta afiada de um semicondutor plano. Os c�rculos vermelhos dentro do semicondutor s�o as ondas associadas com as quasipart�culas - elas s�o as pr�prias quasipart�culas. [Imagem: Zhe Fei Group/Iowa State University]

Em vez disso, o que se  são linhas verticais brancas e escuras alternadas. Mas estas linhas dão informações suficientes para os físicos para que eles apontem o dedo e digam com segurança: estas são quasipartículas chamadas excitons-polaritons, vistas pela primeira vez.
"Estas ondas sao como ondas na água. é como jogar uma pedra na superfície da água e ver as ondas. Mas estas ondas são exciton-polaritons," garante o professor Zhe Fei, da Universidade do Estado de Iowa, nos EUA.
Por que isso é importante? Porque essas quasiparticulas sao meio matéria e meio luz, e prometem nada menos do que circuitos nanofotonicos pelo menos 1 milhão de vezes mais rápidos do que os circuitos eletrônicos atuais.
  • Luz liquida unifica eletrônica e fotônica
Exciton e polariton
Os excitons são nanoestruturas que se formam quando a luz é absorvida por um material semicondutor. Quando os excitons se acoplam fortemente com os fótons, eles criam excitons-polaritons, que são, desta forma, essencialmente uma combinação de luz e mataria.
Quasipart�cula � fotografada pela primeira vez
Esta � a imagem real da quasipart�cula conforme ela se move pelo semicondutor. [Imagem: F. Hu et al. - 10.1038/nphoton.2017.65]
Como todas as quasipartículas, estas são criadas dentro de um solido e possuem propriedades físicas, como energia e momento. Estas que serviram de modelo para a primeira fotografia ja feita dessas quasipartículas foram criadas disparando um laser sobre um fino floco de disseleneto de molibdênio (MoSe2), um semicondutor em camadas que suporta os excitons.
Ate recentemente, as quasipartículas só podiam ser observadas em temperaturas extremas, próximas do zero absoluto, e ainda assim usando espectrografia para registra-las na forma de picos ou vales de ressonância em espectros ópticos. Esta é a primeira vez que elas foram flagradas no espaço real, conforme se deslocavam no interior do semicondutor.
"Nós somos os primeiros a mostrar uma imagem dessas quasipartículas, e como elas se propagam, interferem e emitem," disse Fei, acrescentando que as imagens foram geradas conforme as quasipartículas se moviam, a temperatura ambiente, ao longo de 12 micrômetros do semicondutor, uma distancia gigantesca para particulas quanticas.

O pesquisador acrescenta que a expectativa é para a construção de transistores de polaritons, que permitirão explorar as características dessas partículas. Mas ainda ha um caminho a percorrer antes disso: "Nos precisaremos explorar mais a física dos exciton-polaritons e como essas quasipartículas podem ser manipuladas," disse o pesquisador.

Fonte: Inovação Tecnológica