São Paulo coloca em operação a primeira usina solar flutuante do Brasil

A primeira usina fotovoltaica do Brasil a utilizar a tecnologia de placas flexíveis e rígidas em sistema flutuante completou, no meio de outubro, um mês e meio em plena operação na cidade de Rosana, em São Paulo, com a geração de 101.522 quilowatt-hora (kWh). Essa energia é suficiente para abastecer mais de mil residências com consumo mensal de 100 quilowatt-hora (kWh).

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A instalação de usinas solares em meio aquático representam um grande potencial para o Brasil e também podem ajudar comunidades ribeirinhas e isoladas a terem acesso a energia elétrica. “Nosso objetivo é testar essas tecnologias inovadoras para poder fornecer esse conhecimento para as empresas do setor instaladas no Estado e popularizar o uso das energias renováveis”, explica o secretário de Energia e Mineração, João Carlos Meirelles.

Este é o primeiro projeto de usina solar flutuante instalado em lago de usinas hidrelétricas no mundo, que permite aproveitar as subestações e as linhas de transmissão das hidrelétricas e a área sobre a lâmina d’água dos reservatórios. Projetos similares ainda estão sendo iniciados nas cidades de Balbina, no Amazonas, e em Sobradinho, na Bahia.


Foram instalados 100 painéis rígidos flutuantes de 250 watts cada um e 180 flexíveis flutuantes de 144 watts cada. A área ocupada pelas placas flutuantes é de aproximadamente 500 metros quadrados, e o reservatório possui 2.250 quilômetros quadrados.O projeto, iniciado em maio de 2014, recebeu investimento de R$ 23 milhões da Companhia Energética de São Paulo (Cesp) e consiste na instalação de duas plantas com painéis solares rígidos de 250 quilowatts (kW) em terra e 25 kW em sistema flutuante, e outras duas plantas com painéis solares flexíveis com 250 kW em terra e 25 kW em sistemas flutuantes.


Os flutuadores instalados no reservatório da usina de Porto Primavera foram desenvolvidos especificamente para esse projeto por uma empresa paulista.

Também está sendo instalada na usina a primeira planta eólica do Estado de São Paulo, que terá capacidade de cerca de 500 kW. “São Paulo não tem o mesmo potencial eólico que o nordeste do país, mas é aqui que estão instalados os fabricantes desse setor. Temos que estudar essa energia para fomentar sua geração no Brasil e a expansão do setor fabril no Estado de São Paulo”, comenta Meirelles.

A usina tem importância fundamental no desenvolvimento de pesquisas que estudam a complementaridade das fontes solar e eólica, consideradas intermitentes, com a hídrica trabalhando na base do sistema.

São Paulo e as energias renováveis


São Paulo vem ampliando sua importância na geração de energia fotovoltaica. A primeira usina do Estado é a de Tanquinho, no município de Campinas, com potência de 1.082 quilowatts-pico (KWp) e capacidade de gerar 1,6 GWh por ano. A segunda usina fotovoltaica está na Universidade de São Paulo – USP, na capital paulista.


O Estado também conta com empreendimentos que estão sendo instalados em Dracena e Guaimbê com potência de 270 MWp. Existem ainda em São Paulo, conectados ao sistema, 711 empreendimentos de micro e mini geração distribuída.

(Fonte: ECOD - Via eCycle, com informações da Secretaria de Energia e Mineração do Estado de São Paulo)