Para 79% da população, EAD é uma solução para a educação no Brasil

Os cursos a distância são reconhecidos pela população brasileira como uma estratégia importante para ampliar o acesso à educação.

Pesquisa encomendada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) ao Ibope identificou que 79% dos brasileiros com mais de 16 anos acreditam que essa modalidade de ensino é uma solução para levar educação a mais pessoas. Além disso, quase o mesmo percentual (78%) acredita que a educação a distância pode impulsionar o crescimento econômico brasileiro com a formação de mais trabalhadores qualificados.

Essa percepção positiva, no entanto, ainda não resultou em grande adesão à metodologia, pois apenas 17% dos entrevistados na educação superior já realizou algum curso a distância (pelos dados do Censo da Educação Superior, do MEC, 15,8% dos alunos de graduação frequentam seus cursos a distância). Segundo o levantamento encomendado pela CNI, se forem considerados todos os níveis educacionais (fundamental 1 e 2, médio e superior), apenas 6% dos entrevistados disseram já ter feito um curso a distância.

O levantamento foi realizado com 2.002 entrevistas com pessoas com mais de 16 anos em 143 municípios. Os resultados darão subsídios para definir a oferta de vagas pelo Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI). Atualmente, a instituição oferece 181 cursos (seis técnicos, 28 de qualificação, 12 de iniciação profissional e 135 entre os de aperfeiçoamentos e pós-graduação) na modalidade a distância.

No que diz respeito à eficácia do ensino a distância, 43% dos brasileiros consideram que o ensino a distância funciona na prática. Outros 34% afirmam que não funciona. A percepção sobre o aproveitamento dos cursos também melhora conforme aumenta a escolaridade. Entre os que têm até a quarta série do ensino fundamental, 30% acreditam na eficácia dos cursos a distância. É essa a opinião de 52% entre os que têm ensino superior completo.

BENEFÍCIOS DA EAD - As razões que levam os estudantes a optarem por um curso a distância são prioritariamente a flexibilidade de horário de estudo (25%) e o preço (24%). O fato de não haver deslocamentos diários para as aulas é outra razão importante, referida por 18% dos entrevistados.

Outra pesquisa, sobre a percepção da população sobre a educação profissional, informa que 40% das pessoas que nunca fizeram cursos de formação profissional alegam falta de tempo para estudar. "Vemos aí um grande espaço para a ampliação da educação profissional a distância", afirma o gerente executivo de Educação Profissional e Tecnológica do SENAI, Felipe Morgado.

(Com informações do Portal da Indústria)