A carcaça de um peixe-remo (também chamado de rei-dos-arenques) foi descoberta na semana passada na costa da Califórnia, nos Estados Unidos.
O animal tem 5,4 metros de comprimento, e é tão grande que 15 pessoas se reuniram para conseguir carregá-lo. Origem do mito da serpente marinha – uma cobra considerada capaz de virar embarcações e engolir tripulações –, o peixe-remo adquiriu um status lendário entre cientistas devido à dificuldade de ser encontrado.
Semelhante a uma enguia, essa lendária criatura marinha, cujo nome científico é Regalecus glesne, é o peixe ósseo mais comprido do mundo. É visto apenas raramente por seres humanos e, normalmente, como uma presa indesejada da pesca comercial. O maior espécime já encontrado tinha cerca de 8 metros, mas acredita-se que ele pode atingir 17 metros de comprimento e pesar até 270 quilos.
Em setembro, conservacionistas marinhos mostraram, durante uma coletiva de imprensa em Paris, imagens exclusivas do gigante sinuoso em seu habitat nas profundezas do mar, como parte dos esforços para chamar atenção para os perigos que a pesca de arrasto representa para o leito marinho.
“É um momento chave para o fundo do mar”, disse à época Matthew Gianni, da organização Deep Sea Conservation Coalition, um guarda-chuva que abrange mais de 70 associações.
O peixe-remo (Regalecus glesne) é uma espécie rara que habita as profundezas marinhas. Em geral, é considerado um mistério para os cientistas. Contudo, acredita-se que vive em águas profundas e se alimente de plâncton, pequenos crustáceos e lulas.
Credita-se a esse animal boa parte dos relatos de “monstros” marinhos feitos por pescadores. Curiosamente, segundo o Museu de História Natural da Flórida (EUA), sua carne é considerada gelatinosa e não comestível. O peixe-remo não está ameaçado de extinção.
(Fonte: G1)