Fósseis mais antigos de macacos do ‘Velho Mundo’ são achados no Quênia

Cientistas americanos descobriram no Quênia os fósseis de macacos mais antigos do chamado Velho Mundo (território conhecido pelos europeus até o século 15, que abrangia Europa, Ásia e África). Os ossos têm 12,5 milhões de anos, 3 milhões a mais que os conhecidos até agora.

A maioria dos fósseis encontrados são pequenos dentes e fragmentos de ossos, principalmente de mandíbulas.

O achado foi feito nos Montes Tugen, por pesquisadores das universidades de Nova York, Yale e Stony Brook. A equipe foi liderada por James Rossie, Christopher Gilbert e Andew Hill, que publicaram os resultados na edição online da revista “Proceedings of the National Academy of Sciences” (PNAS), da Academia Americana de Ciências.

Esses macacos da família Cercopithecidae viveram em um período geológico da era Cenozoica chamado Mioceno, entre 23 milhões e 5 milhões de anos atrás. Foi nessa época que surgiram os mamíferos considerados “evoluídos”, como primatas e ruminantes.

Segundo os autores, os fósseis pertencem a uma ou possivelmente duas espécies primitivas de macacos da subfamília Colobinae, que reúne 59 espécies e dez gêneros diferentes. Além disso, a morfologia desses animais sugere que eles eram menos folívoros (indivíduos que comem basicamente folhas) que seus parentes modernos.

A origem e posterior diversificação desses macacos, porém, são incertas e pouco documentadas em períodos anteriores a 9,5 milhões de anos, pela escassez de sítios arqueológicos na África que datem de 15 milhões a 6 milhões de anos atrás, destacam os pesquisadores.

 (Fonte: G1)