Você sabia que Ano-Novo nem sempre foi comemorado em 1º de janeiro?

A comemoração do ano novo é uma das festas mais antigas do mundo. Já na Antiguidade, o povo egípcio conhecia essa data trocando entre si presentes. Um dos mais comuns que foram encontrados nas tumbas dos príncipes e faraós, mumificados em suas pirâmides, eram frascos de perfume, muito bonitos, e tendo a inscrição “Feliz Ano Novo”.


Mais recentemente, no século 15, era costume enfeitar a casa, na Inglaterra, com peças especialmente decoradas para essa data.

Em alguns museus desse país existem peças de madeira entalhada, feitas por gravadores dessa época, contendo desenhos, símbolos e inscrições de votos de felicidade. Essas peças serviam como presente entre os amigos.

Embora conhecida por praticamente todos os povos do mundo, a festa de começo de ano tinha, desde o início da civilização, datas diferentes. Isso porque havia vários calendários. Na Antiguidade, por exemplo, os persas e os fenícios a comemoravam no equivalente ao atual 23 de dezembro.

Na Inglaterra, ao tempo de sua formação como nação, o rei Guilherme, o Conquistador mudou a data anteriormente celebrada pelo povo anglo-saxão de 25 de dezembro para 1º de janeiro.

O calendário gregoriano fixou a data do novo ano em 1º de janeiro, que só foi aceito por quase todos os povos 200 anos mais tarde. O último país europeu a adotá-lo foi a Suécia, em 1753. Há ainda povos, como os chineses e os judeus, que têm datas diferentes para a festa.

Nem sempre em janeiro – Pode parecer engraçado, mas nem sempre o primeiro dia do ano foi em janeiro. Por exemplo, o ano dos gregos começava a 21 de dezembro. Os judeus, até hoje, comemoram a passagem do ano no primeiro dia do mês de Tishiri, que pode ser de 6 de setembro a 5 de outubro.

O calendário dos países da Europa foi copiado dos romanos, que também havia sofrido modificações ao longo da história.

Mas como o homem mede o tempo? – Bem, simplesmente, ele se vale da observação da natureza. Como o Sol muda de posição várias vezes, retornando ao ponto de partida e reiniciando o ciclo, ele dividiu o dia em várias partes.

Como em cada 29 dias a Lua completa a ronda das suas quatro fases, foi criado o mês lunar. Cada fase da Lua dura sete dias –esta é, provavelmente, a origem da semana.

Acontece que o calendário lunar não combina com as estações do ano: o ano lunar, composto de 12 luas cheias, dura 354 dias. Então, o tempo começou a ser medido pelo Sol.

Foi Júlio César, imperador romano, quem fixou a duração do ano em 365 dias e o seu princípio no primeiro dia de janeiro. Nesse período, a Terra dá uma volta inteira em torno do Sol e volta a um determinado ponto de sua órbita.

Para compensar o tempo que ficava sobrando em cada ano, César achou uma solução: de quatro em quatro anos, haveria um ano com 366 dias. Mas, como 365 não é divisível por 12, os meses receberam números diferentes de dias. Este calendário foi chamado de Juliano.

Entretanto, surgiu um problema: a duração que César calculava em 365 dias e um quarto tinha, na verdade, mais 11 minutos e 46 segundos que o ano verdadeiro. Em 1582, essa pequena diferença já somava dez dias completos.

Para que os dez dias não voltassem a se acumular, o papa Gregório 13 fez com que se adotasse a seguinte regra: o atraso do calendário corresponde a três dias em cada 400 anos. Se, de 400 em 400 anos, três anos bissextos forem transformados em anos comuns, a correção não ficará perfeita, mas o atraso se reduzirá a um dia em três mil anos.

Os anos escolhidos para a correção foram os centenários, que são sempre bissextos. E assim surgiu o calendário gregoriano, que foi logo adotado em Portugal, Espanha e parte da Itália. Na França, a mudança realizou-se um pouco mais tarde. Os Estados Unidos só aderiram à reforma em 1700, e a Inglaterra em 1752. A Rússia e a Grécia, entre outros países, continuaram a usar seus velhos calendários.

 (Fonte: Folha.com

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