Conheça seis alimentos transgênicos que podem estar na sua mesa (e talvez você não saiba)

Transgênicos ou organismos geneticamente modificados (OGMs), como também são conhecidos, são seres que têm o seu código genético modificado em laboratório, mediante técnicas de engenharia genética, com o objetivo de melhorar ou dar novas características ao ser original.


Atualmente, os supermercados estão cheios de transgênicos, que recebem uma rotulagem discreta, porém obrigatória no Brasil e na União Europeia, que indica a utilização de até 1% de componentes transgênicos. Conheça uma lista de produtos que podem contar com OGMs, elaborada pela BBC Brasil:

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Agência norte-americana aprovou consumo de salmão GM no início de 2013
Foto: Andrea Pokrzywinski

1. Salmão

O salmão tem se tornado o "queridinho" da população brasileira. No início de 2013, a agência que preza pela segurança alimentar nos Estados Unidos, a Food and Drug Administration (FDA) aprovou para consumo um tipo de salmão geneticamente modificado, reacendendo o debate sobre a segurança dos transgênicos e suas implicações éticas, econômicas, sociais e políticas.

Francisco Aragão, pesquisador responsável pelo laboratório de engenharia genética da Embrapa, acredita que há segurança no consumo do alimento para os indivíduos, mas o consumo pode causar impactos ambientais."Mesmo criado em cativeiro, o salmão poderia aumentar sua população muito rapidamente e eventualmente eliminar populações de peixes nativos", declarou.

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O feijão é o primeiro produto geneticamente modificado desenvolvido por uma instituição pública brasileira
Foto: victorcamilo

2. Feijão

A Embrapa, ligada ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, alcançou a aprovação na CTNBio para o cultivo comercial de uma variedade de feijão resistente ao vírus do mosaico dourado, em 2011. Este vírus é conhecido como o maior inimigo dessa cultura no país e na América do Sul.

As sementes devem ser distribuídas aos produtores brasileiros – livres de royalties – em 2014, o que pode ajudar o Brasil a se tornar autossuficiente no setor. O feijão é o primeiro produto geneticamente modificado desenvolvido por uma instituição pública brasileira.

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As variantes transgênicas respondem por mais de 85% das atuais lavouras do produto no Brasil e nos Estados Unidos
Foto: _Raúl_

3. Milho

As variantes transgênicas do milho respondem por mais de 85% das atuais lavouras do produto no Brasil e nos Estados Unidos. Por isso, é comum que a pipoca consumida no cinema, por exemplo, venha de um tipo de milho que recebeu, em laboratório, um gene para torná-lo tolerante a herbicida, ou um gene para deixá-lo resistente a insetos, ou ambos. Cerca de 18 variantes de milho geneticamente modificado foram autorizadas pelo CTNBio, órgão do Ministério da Ciência e Tecnologia que aprova os pedidos de comercialização de OGMs.

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No Brasil, a soja transgênica ocupa quase um terço de toda a área dedicada à agricultura
Foto: Agência de Notícias do Acre

4. Soja

A soja transgênica ocupa cerca de um terço de toda a área dedicada à agricultura. A CTNBio, inclusive, liberou cinco variantes da planta, todas tolerantes a herbicidas – uma delas também é resistente a insetos. Os subprodutos mais comuns para consumo humano é o óleo, leite de soja, tofu, bebidas de frutas e soja e a pasta misso - todos com proteínas transgênicas.

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Vários ingredientes usados em pão e bolos vêm da soja
Foto: Lordelo

5. Pão, bolos e biscoitos

Uma parcela de ingredientes utilizados na produção de pães e bolos vêm da soja, a exemplo da farinha, óleo e agentes emulsificantes como lecitina. Em alguns casos, os componentes podem também podem derivar de milho transgênico, como glucose e amido. A depender da proporção destes elementos transgênicos no produto final (acima de 1%), ele terá que ser rotulado.

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Os óleos extraídos dos três campeões entre as culturas geneticamente modificadas
Foto: cottonseedoil

6. Óleo de cozinha

Os óleos de cozinha são extraídos dos três campeões entre as culturas geneticamente modificadas: soja, milho e algodão. As sementes delas são consideradas uma "mina de ouro" para as quase dez multinacionais que controlam o mercado mundial.

No processo de refino dos óleos, os componentes transgênicos são praticamente eliminados, porém, eles chegam às prateleiras dos supermercados com a reputação "manchada", mais pela sua origem do que pela presença de DNA ou proteína transgênica. Além disso, suas embalagens precisam ser rotuladas no Brasil e nos países da União Europeia.

(ECOD)

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