Instituto Federal do Amazonas desenvolve biscoito anticárie

Comer e deixar, frequentemente, de escovar os dentes é um perigo à saúde bucal, pois pode ocasionar o surgimento de placas bacterianas.
Caso o resíduo não seja removido, ele pode acumular mais massa e endurecer, evoluindo para o que os dentistas chamam de tártaro. Isso ocorre porque após a pessoa se alimentar, as bactérias existentes na boca se juntam com os restos de comida presos entre os dentes e os ácidos que ajudam na digestão. O acumulo de sujeira na boca degrada o esmalte dos dentes levando às tão temíveis cáries.

E se esse problema pudesse ser evitado comendo? Isso mesmo, mastigando? A possibilidade existe e inspirou a pesquisadora do Instituto Federal do Amazonas (IFAM), Célia Emi Sasahara da Silva, a desenvolver uma pesquisa que pretende colocar em um simples biscoito características dos sabores amazônicos e fitoterápicos que podem evitar o surgimento da cárie.

A ideia de Sasahara consiste em fazer um biscoito nutritivo usando farinha de pupunha, adicionando gengibre, canela e xilitol (um adoçante natural encontrado no milho, framboesa e ameixa). Os três produtos naturais são conhecidos pela ação anticariogênica.

Ela explicou que a pesquisa vai trabalhar com seis possíveis combinações dos ingredientes fitoterápicos para poder avaliar o valor nutricional e, principalmente, a eficácia do produto em reduzir o risco de desenvolvimento de cárie.

A pesquisa foi aprovada, junto com outras três propostas, no edital 003/2013, referente ao Programa de Apoio à Formação de Recursos Humanos Pós-Graduados do Estado do Amazonas - RH-Mestrado, da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Amazonas (Fapeam). Sasahara vai fazer mestrado no curso de Biologia Urbana, no Centro Universitário Nilton Lins (UniNilton Lins), com previsão de término no próximo ano.

Além de Sasahara, a estudante Erika Oliveira Abinader obteve bolsa para estudar também no UniNilton Lins; Paula de Oliveira Cunha irá desenvolver seu trabalho na Faculdade de Odontologia de Bauru (USP), e Lidiane da Silva na Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro. O investimento disponibilizado para as quatro propostas foi de cerca de R$ 92 mil.

(Agência Fapeam)

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