Mais competitiva, eólica já cobre 3% da demanda mundial de energia

O ano de 2012 registrou um recorde quanto a construção de unidades de produção de energia eólica no mundo, revela um relatório divulgado na segunda semana de maio em Bonn, no oeste da Alemanha, pela World Wind Energy Association (WWEA).

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Unidades eólicas estariam maiores e com mais capacidade de produção
Foto: gov.uk

A capacidade total das unidades eólicas construídas no ano passado chegou aos 45 gigawatts (GW), enquanto em 2011 havia sido de 40. O total instalado no planeta somou 282 GW em 2012. O número cobre 3% da demanda mundial de energia, informou Stefan Gsänger, secretário geral da WWEA, ao jornal alemão Deutsche Welle.

O documento da WWEA ressalta que os investimentos no setor são constantes – foram 60 bilhões de euros (cerca de R$ 150 bilhões) em todo o mundo, em 2012.

Na Romênia, Ucrânia, Polônia, Estônia, Brasil e México houve aumento de 40% nos investimentos e na construção de novas unidades. 
Os líderes da expansão são a China e os Estados Unidos. Só no ano passado, os dois países construíram usinas capazes de gerar, juntas, 13 gigawatts. 

Atualmente, a China tem potencial para gerar 75 gigawatts, sendo a líder de produção de energia eólica no mundo. Os EUA vêm em segundo lugar, com capacidade instalada de 60 gigawatts. Ao mesmo tempo, são as duas nações que mais poluem o planeta. A Alemanha ocupa o terceiro lugar no segmento eólico, com capacidade instalada de 31 gigawatts.

Mercados emergentes

O relatório da WWEA indica também que, no Leste Europeu e na América Latina, é nítida a expansão da energia eólica. Na Romênia, Ucrânia, Polônia, Estônia, Brasil e México houve aumento de 40% nos investimentos e na construção de novas unidades dessa eletricidade sustentável.

Como motivos para a expansão, Gsänger enumera o preço mais barato, a atenção dos governos aos impactos ambientais e o desejo de "reduzir a dependência de importações de energia com a eletricidade gerada localmente".
Gsänger enxerga duas tendências no crescimento global de energia eólica: em primeiro lugar, as unidades estariam maiores e com mais capacidade de produção. A segunda seria um número maior de sistemas de pequeno porte para abastecer apenas uma casa ou vila.

O secretário-geral da WWEA também defende o envolvimento da sociedade. Na Europa central e do norte, muitos parques eólicos são de propriedade da população local. Gsänger acredita que o envolvimento dos cidadãos é um elemento a mais para a causa ganhar força e aceitação. "Eles sabem que eles também podem ser beneficiados", afirma Gsänger.

(ECOD)

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