Flora de Roraima reúne mais de 400 espécies de orquídeas

Há 15 anos o fotógrafo Jorge Macêdo descobriu uma paixão: as orquídeas. O que antes se resumia apenas em um desejo pelo registro perfeito da flor, evoluiu para o interesse de aprofundar o conhecimento sobre esse tipo de planta, que possui uma das maiores famílias existentes na natureza.

A beleza das orquídeas foi o que despertou no fotógrafo a dedicação de buscar em livros e revistas informações detalhadas sobre este tipo de flor. As variadas formas, cores e tamanhos são estudadas por Macêdo há pelo menos dez anos.

“Somente na Amazônia tenho mais de 30 anos fotografando. E, desde que tive contato com a orquídea, achei a planta muito bonita e comecei a fotografar. Só que para que eu pudesse registrar da forma correta eu tive que pesquisar bastante. Então acabei me especializando em orquídea”, detalhou.

A dedicação pelo assunto resultou, junto a outros pesquisadores, na publicação do livro Orquídeas Nativas da Amazônia Brasileira. A primeira edição saiu em 1994. Em 2010, o Museu Paraense Emílio Goeldi, de Belém (PA), reeditou a obra de autoria de Manoela Ferreira Fernandes da Silva e João Batista Fernandes da Silva.

Roraima, segundo o fotógrafo e pesquisador, é o estado da Amazônia mais rico em quantidade de orquídeas já encontradas. Na Floresta Amazônica existe um levantamento que mostra a presença de mais de 800 espécies de orquídeas catalogadas e em Roraima podem ser encontradas mais de 400 dessas.

“Em Roraima temos vários biomas diferentes como o serrado, lavrado, montanhas, igapó e também floresta. Em cada região tem uma quantidade de orquídeas diferenciadas que se adaptam ao ambiente. E são esses ambientes distintos que fazem com que nós tenhamos aqui no estado a maior riqueza de variedades de orquídeas da Amazônia”, destaca Macêdo.

Devido a dificuldade em fotografar o período de floração da orquídea na natureza, que ocorre somente uma vez ao ano, o fotógrafo e pesquisador começou a coletar, com autorização dos órgaõs ambientais, variedades da planta para cultivar em casa. A chamada coleta seletiva para pesquisa era feita principalmente em áreas de desmatamento.

Parte das plantas coletadas também foram destinadas ao Jardim Botânico do Haras Cunhã Pucá, localizado no município de Cantá, sendo utilizadas por acadêmicos de biologia e outros cursos afins como base de estudos. 

(Fonte: G1)

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