Estudo no PI contesta teoria sobre chegada do homem às Américas

Os resultados do estudo de um sítio arqueológico no Piauí podem revolucionar a teoria sobre a chegada do homem ao continente americano. Segundo a pesquisa conduzida por especialistas do Brasil e da França, o ser humano já estava na região 22 mil anos atrás.


Segundo a teoria mais aceita, tribos pré-históricas chegaram à América depois de atravessar o Estreito de Bering, entre e a Rússia e o Alasca, quando o mar que separa os continentes estava congelado. Essa teoria é conhecida como “Clovis first” (“Clovis primeiro”, em inglês), em referência ao povo Clovis, que, segundo a hipótese, teria sido o primeiro a chegar.

No entanto, os vestígios mais antigos do povo Clovis, encontrados no estado norte-americano do Novo México, são de cerca de 13 mil anos atrás. Por isso, o atual estudo, publicado pelo “Journal of Archaeological Science”, desafia essa teoria.

No artigo, a equipe de Christielle Lahaye, da Universidade Michel de Montaigne, em Bordeaux, na França, diz que os estudos sobre a ocupação da América tiveram “interpretações parcialmente contraditórias nos últimos anos, frequentemente devido à falta de uma estrutura cronológica confiável”.

Os autores acreditam ter criado essa estrutura com o uso de técnicas de luminescência para datar os vestígios encontrados na Toca da Tira Peia, no Piauí. “Todas as nossas observações e medições tendem a comprovar a boa integridade do sítio e a natureza antropológica dos artefatos, e estamos confiantes na precisão dos resultados de datação por luminescência”, afirma o texto. 

(Fonte: G1)

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