Espécie rara de sapo impede instalação de hidrelétrica no RS

As obras da usina de Arvorezinha, no Vale do Taquari gaúcho, estão paradas por causa do sapo-de-barriga-vermelha, ameaçado de extinção.

Por causa de um sapo que só existe no Rio Grande do Sul, as obras da usina hidrelétrica de Arvorezinha, no Vale do Taquari gaúcho, estão paradas. Ameaçado do extinção, o sapo-de-barriga-vermelha, como é conhecido, tem 3,5 centímetros e habita as margens do rio Forqueta. Segundo o professor de Zoologia da Universidade Federal do Rio Grande do Sul Márcio Borges Martins, declarou ao jornal Zero Hora, a espécie é "muito sensível" e pode ser extinta por "qualquer alteração na água, na floresta, no ambiente". 

Coordenador da pesquisa que comprovou que o anfíbio só existe em solo gaúcho, Martins tenta agora determinar o tamanho da população dos anfíbios raros na região, e como é possível preservar os animais.

Enquanto os ambientalistas não descobrem o que pode ser feito pelo sapo-de-barriga-vermelha, a Cooperativa Energia Desenvolvimento Rural de Fontoura Xavier (Cerfox) não pode continuar a obra da central hidrelétrica de Perau de Janeiro, a um quilômetro do habitat dos anfíbios. Com investimento de R$ 9 milhões, a expectativa é gerar 1,8 megawatt, energia suficiente para cerca de mil casas. 

O presidente da Cerfox, Jandir Conte Zanotelli, afirmou à ZH que a questão é "urgente" e que, para acelerar a obtenção da licença ambiental, a cooperativa tem projeto com área destinada ao sapo raro. Além disso, há intenção de parceria com a universidade para monitoramento da espécie. A licença de instalação está sendo avaliada pela Fundação Estadual de Proteção Ambiental (Fepam).

(Portal Terra)

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