O fenômeno, inédito na literatura científica, resulta da interação dos elétrons gerados pelos microscópios com os íons de prata, reduzindo-os para prata metálica. [Imagem: Longo et al./NSR]
Analisando amostras de tungstato de prata com microscópios eletrônicos de varredura e de transmissão, os pesquisadores brasileiros constataram o crescimento de prata metálica na superfície dos cristais de tungstato.
Ele resulta de uma reação de eletrossíntese, na qual os elétrons gerados pelos microscópios - principalmente o de varredura, cujas partículas são mais energéticas - interagem com os íons de prata do tungstato para fazer a redução da prata metálica.
Segundo os pesquisadores, a eletrossíntese do filamento de prata apresenta semelhanças com a reação que provoca o efeito fotoelétrico, descrito por Albert Einstein em 1905 e que lhe rendeu o prêmio Nobel de Física.
No efeito fotoelétrico é o fóton de luz que, incidindo sobre metal, arranca elétrons em uma intensidade que depende de sua energia. No caso da eletrossíntese é o elétron que, ao incidir sobre o tungstato - um material metálico - provoca uma reação química de redução-oxidação, ou redox.
Material bactericida
O fenômeno, inédito na literatura científica, resulta da interação dos elétrons gerados pelos microscópios com os íons de prata, reduzindo-os para prata metálica.
"Vimos a prata metálica crescendo de forma clara, numa sequência curta de fotos. Quando maior o tempo de duração da interação, maior é o crescimento da prata metálica, e há condição de ver o fenômeno a olho nu por intermédio de microscópio de varredura ou de transmissão," contou Elson.
O tratamento com elétrons também melhora a propriedade fotoluminescente. "Um exemplo é a presença de compósitos prejudiciais ao ser humano na água, que podem ser fotodegradados com a aplicação deste novo material", comenta Elson.
(Inovação Tecnologica - informações da Unesp)
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