O
ciclo de reprodução dos bagres, no Rio Madeira, em Rondônia, começa em
dezembro. Para acompanhar o percurso dos peixes pelo Sistema de Transposição de
Peixes (STP), os biólogos implantam chip nas espécies.
O
trabalho é feito em um tanque através de uma micro cirurgia com anestésico. O
chip possui um número de série, tipo de identidade do animal e GPS. Após a
cirurgia o peixe é retirado do tanque, pesado e medido. O trabalho precisa ser
realizado com rapidez.
A
pesquisa começou em 2011, mas este ano, de fevereiro a abril, será a primeira
vez que piracema dos peixes de couro será acompanhada pelo sistema.
Na
região onde está sendo construída a Usina Santo Antônio, em Porto Velho, foi
construído há dois anos um canal artificial de um quilômetro de extensão no
meio da barragem, onde antes havia a cachoeira de Santo Antônio, para que os
peixes pudessem fazer o caminho da desova.
Do
tanque o peixe é solto no rio. Num raio de dez quilômetros da usina, os
biólogos conseguem monitorar o animal. Por meio de 14 antenas de
radiofrequência e uma antena acoplada ao barco utilizado pelos técnicos, o
sinal emitido pelo chip é identificado e quando localizado um apito sinaliza
onde o peixe está.
“A
cada bip é salvo a hora, o local, a data e o código do peixe. Quando passo esses
dados para o computador consigo analisar o peixe”, explica o biólogo Leonardo
Donado Nunes.
Cerca
de 370 bagres de 15 espécies diferentes receberam o chip. “Algumas espécies já
estão fazendo uma exploração o canal, entram, saem, mas voltam no dia seguinte”,
diz Alexandre Marçal, biólogo responsável pelo Programa de Monitoramento de
Peixes da Santo Antônio Energia, concessionária da usina hidrelétrica.
(Fonte:
G1)
0 Comentários
Olá, agradecemos sua visita. Abraço.