Dividir as tarefas facilita o trabalho e aumenta a eficiência da produção.
A lógica funciona para qualquer fábrica e também para a natureza. Insetos como abelhas e formigas, que montam colônias, dividem o trabalho para o bem de toda a comunidade. Um estudo publicado pela revista científica Proceedings of the National Academy of Sciences (PNAS) mostra que, para uma espécie de besouros, a divisão começa desde cedo.
Peter Biedermann, da Universidade de Berna, na Suíça, estudou os besouros Xyleborinus saxesenii, que vivem na madeira e cultivam dentro de seus ninhos um tipo de fungo que serve de alimento para eles. Na colônia, as larvas exercem funções que os adultos não são capazes de fazer, e vice-versa.
As larvas cavam e aumentam o tamanho do ninho, abrindo espaço para que os fungos cresçam. Além disso, eles se locomovem rastejando, o que faz com que a sujeira se junte em bolas relativamente grandes que os adultos conseguem retirar.
Já os adultos funcionam como os “fazendeiros”. Sem eles, os fungos não crescem – os cientistas ainda não sabem explicar esse mecanismo. Eles são também responsáveis pela colheita dos fungos. Essas atividades são feitas na maior parte das vezes pelas fêmeas. A única função que é exercida pelos machos em maior frequência é o chamado “grooming”, quando um inseto ajuda a cuidar do corpo do outro.
A divisão por idade não é comum entre os insetos. “No caso de abelhas e formigas, as larvas não fazem nada”, disse Biedermann ao G1. “Esse comportamento só existe entre cupins”, completou o pesquisador, que afirmou ainda que a descoberta é inédita entre besouros.
(Fonte: G1)
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