No Haiti, mulheres recebem ajuda para reconstruir a comunidade

Pouco mais de um ano após o terremoto que devastou o Haiti algumas organizações ainda continuam com a participação na reconstrução das cidades. O banco Fonkoze é uma dessas iniciativas que surgiram antes mesmo do desastre natural e continuaram a oferecer ajuda à população haitiana.

Como o Haiti é um país muito pobre, está na 149º colocação no Índice de Desenvolvimento Humano proposta pelas Nações Unidas enquanto grande parte de seus cidadãos ganham menos de U$ 2 por dia, a organização em forma de banco começou a atuar em 1994, oferecendo crédito para que mães de família abrissem o próprio negócio.

A principal missão da ONG de origem norte-americana é "construir fundos econômicos para a democracia" ao disponibilizar meios para que pessoas tão pobres possam ter uma vida mais digna. Entre as principais ações do Fonkoze estão pequenos empréstimos e acompanhamento educacional para ensinar essas mulheres a ler, entender como lidar com o próprio dinheiro e, finalmente, manter o próprio negócio. Mas para isso, cada participante passa por quatro estágios.

No primeiro, o banco ajuda a família a entender suas necessidades, já que é difícil compreender que é preciso estudar ou montar um negócio quando não há o que comer;

No segundo passo, as participantes são introduzidas ao conceito de microfinanciamento e recebem pequenos empréstimos, o que as ajuda a entender o básico de economia;

O terceiro passo é quando elas se organizam em grupos de cinco e se unem para tomar um empréstimo em conjunto. O grupo se desenvolve e se estabiliza ao receber mais treinamento e aulas para atender às novas necessidades;

O último passo é quando o grupo já estão em condições de montar uma empresa mais formal e envolver até novos empregados. Para isso ele recebe empréstimos ainda maiores com a condição de ajudar mais pessoas.

Muitas das envolvidas em ações do banco Fonkoze são donas de casa que costuram para fora, trabalham como cabeleleiras, plantam a própria comida e vendem o excedente. Mesmo após o terremoto de janeiro de 2010, a organização ainda oferece empréstimos e mantém um projeto para desenvolver esses negócios.

Um dos principais pontos que influenciam na participação dessas famílias é a presença das crianças nas escolas. Mas além de poderem sonhar com um futuro melhor, a educação desses meninos vai levar essas famílias a outro patamar, ao de contribuinte para o desenvolvimento da comunidade e também do país.

Para ajudar diretamente na manutenção dos esforços do banco e ajudar essas famílias a encontrarem um futuro digno é possível contribuir financeiramente ou por meio de um programa de voluntários. A ONG também disponibiliza um espaço para que os contribuidores conheçam histórias de mulheres envolvidas no projeto.

(Ecod)

Postar um comentário

0 Comentários