Parceria entre o governo do Rio Grande do Norte (RN) e o governo federal negocia a instalação do maior centro de tecnologia eólica do mundo, segundo o secretário estadual de Desenvolvimento Econômico, Benito Gama.
Potencial eólico potiguar visa transformar energia renovável em tecnologia/Foto: SENINT
A exemplo do que aconteceu com o pólo de Gás e Energias Renováveis do Estado, essa parceria, que conta com a ajuda de empresas privadas do ramo eólico, visa transformar os lucros obtidos com a produção eólica para a capacitação de mais de 15 mil profissionais do novo centro.
"Nossa ideia é construir o maior centro de tecnologia de energia eólica do mundo e formar até 15 mil pessoas no RN", afirmou Gama. O faturamento de parte do lucro obtido será investido na construção do centro. Os investimentos, que chegarão a R$ 8 bilhões até 2013, devem aumentar o potencial eólico potiguar, gerando autosuficiência no ramo, além de ajudar na valorização das terras produtivas do Estado.
Para Gama, o investimento previsto valoriza os terrenos: “Temos um investimento previsto de R$ 8 milhões em energia eólica. São 79 parques com energia já medida e confirmada para capacidade de produção. Essas áreas de implantação dos parques estão se valorizando. Os investidores compram ou alugam os terrenos”, explicou.
A energia eólica tem se destacado no orçamento brasileiro. A busca por financiamentos para o setor já lidera o setor de infraestrutura do país. Apenas no balanço de 2010, a eólica somou nada menos que R$ 658 milhões, seguido de longe pelo setor do comércio e serviços, que ficou com R$ 394,3 milhões.
Potencial Potiguar
O estado nordestino do Rio Grande do Norte possui atualmente apenas dois parques eólicos em operação. Porém a boa qualidade dos ventos para instalação das turbinas deve gerar ainda grandes resultados para os potiguares. O estado hoje já é o maior produtor nacional de energia eólica, com 50% da capacidade nacional e deve instalar ainda 63 usinas até 2013.
As terras produtivas, que já são bastante valorizadas inclusive por investimentos internacionais, devem ganhar valores ainda maiores após um leilão de energia eólica que será realizado em maio deste ano.
Altos investimentos
Um projeto tão grande necessita de muito dinheiro para sair do papel. São estimados R$8 bilhões de gastos para a construção do Centro de Tecnologia Eólica. O que tem gerado críticas de alguns setores, que afirmam que esses gastos estão muito elevados.
Porém, Flávio Azevedo, vice-presidente da Conferência Nacional de Indústrias (CNI), definiu: "Vale lembrar que na refinaria é executada a obra, mas depois ela fica com uma operação quase que interna. Os investimentos em energia eólica são evolutivos porque são multiplicadores de outros investimentos. Na hora que é instalado um parque de uma dimensão como esta são exigidas empresas que fabriquem peças, companhias de reparo e reposição, ao contrário de investimentos que são estáticos", comparou o vice sobre os gastos entre eólica e petrolífera.
Os gastos estimados serão provenientes do Banco do Nordeste, do Fundo Constitucional de Financiamento do Nordeste e de outras empresas que ainda estudam a proposta.
Com informações do Diário de Natal
(Ecod)
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