Durante os dias 25, 26 e 27 de fevereiro um grupo de voluntários irá entrevistar o maior número de famílias paulistanas possível para selecionar as que mais necessitam de uma moradia de emergência. As famílias escolhidas ganharão uma casa feita de chapas de madeira pré-fabricadas, com planta de 18 metros quadrados.
Só no Chile, mais de 24.000 famílias foram atendidas pela organização/Foto: Divulgação
A alternativa simples e barata, mas muito últil quando não se há onde morar, é uma iniciativa da ONG Um teto para meu país, que tenta dar um conforto às famílias que perderam tudo em desastres ambientais ou vivem em extrema pobreza.
A organização surgiu há 14 anos no Chile e já se estendeu por 19 países da América Latina. Desde o início mais de 24.000 moradias emergenciais foram construídas no país de origem e agora, no Haiti, mais 826 famílias trabalham com voluntários para construir suas casas.
Segundo o diretor social do braço brasileiro da organização, Ricardo Montero, as experiências vividas nos desastres ambientais, como os terremotos do Haiti e as inundações no Rio de Janeiro e na Colômbia, mostram que não existem soluções definitivas em matéria de moradia a curto prazo.
"No Brasil, as famílias vítimas das enchentes do ano passado vivem hoje em péssimas condições. Em São Luís do Paraitinga e Jardim Pantanal centenas de famílias que no verão de 2010 foram afetadas pelas inundações, não tem onde morar".
"A Bolsa-Aluguel não resolve o problema, por ser uma quantia baixa e por conta do súbito aumento da demanda nas zonas afetadas. Os albergues só são adequados por alguns dias, pois logo se transformam em lugares insalubres, sem privacidade e onde muitas vezes ocorrem brigas, roubos e até abusos sexuais", completa.
Mesmo com a ajuda de uma casa de emergência, os voluntários não aconselham utilizá-la por muito tempo, como uma solução definitiva. O trabalho realizado pela ONG deve ser encarado como um ponta pé inicial para que essas famílias sejam direcionadas à locais seguros e permanentes.
Os interessados em participar cmo voluntários no mapeamento de famílias ou ajudar nas construções das casas devem se inscrever no site da organização.
(Ecod)
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