Primeiro túnel para elefantes na África ajuda na conservação da espécie

Primeiro túnel para elefantes na África ajuda na conservação da espécie.
Um túnel de US$ 1 milhão (cerca de R$ 1,7 milhão) tem ajudado elefantes a passarem por baixo de uma estrada no Quênia desde novembro, quando a obra foi inaugurada. Construído com fundos de doadores e feito especialmente para os animais, o túnel permite a reintegração de duas populações de elefantes que ficaram separadas por anos pela estrada.

A nova estratégia conecta uma população de cerca de 2 mil elefantes que vive no Monte Quênia com outra de 5 mil animais, mais ao norte do país. Segundo as entidades que erguerem o túnel, as populações são distintas e o restabelecimento da rota migratória ajudará na busca por novos parceiros, aumentando a variabilidade genética.

A passagem de elefantes pelo túnel, que tem 4,5 metros de altura, ocorreu pela primeira vez em 1º de janeiro, antes do que os pesquisadores pensavam. “Não esperávamos que acontecesse tão rápido”, disse à AP Susie Weeks, executiva do Mount Kenya Trust, um dos órgãos que participaram do projeto de construção do túnel.

Até o momento, cerca de 30 elefantes já passaram pelo túnel, primeira iniciativa do tipo construída na África, mas não no mundo. Também existem túneis para a passagem de elefantes na China e na Índia. Na África do Sul, uma espécie de “viaduto” para elefantes também já funciona em um parque nacional cortado por estradas.

Além do perigo de atropelamentos, elefantes também são alvo de caçadores no Quênia, estimulados pela demanda de marfim na China. Segundo John Pameri, da Lewa Wildlife Conservancy, caçadores mataram mais de 30 elefantes no norte do Quênia em dezembro.

A organização Salve os Elefantes tenta coibir a ação de criminosos por meio da instalação de um colar que pode monitorar o movimento dos elefantes, especialmente no corredor de migração reaberto com a construção do novo túnel. “Esse corredor é quase um símbolo. O que acontece lá é importante para o Quênia e para a África em termos de conservação dos elefantes e da biodiversidade”, disse Ian Douglas-Hamilton, membro da entidade.

(Fonte: G1)

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