Oslo Fahion Week proíbe o uso de casacos de pele nas passarelas

 Oslo Fashion Week proibiu o uso de casacos de pele nas passarelas / Foto: cwangdom


A Fashion Week de Oslo, na Noruega, proibiu pela primeira vez na história da moda o uso de casacos de pele nas passarelas. A atitude visa salvar os milhões de animais que são anualmente mortos para nutrir a indústria da moda.

A movimentação foi liderada pela Mote Mot Pels (Fashion Contra a Pele de Animal) e recebeu o apoio de mais de 200 pessoas e agências ligadas à moda que se recusaram a trabalhar com o material, informou o Ecouterre. Entre elas, estão os designers Leila Hafzi e Thomas Ryen e as revistas Elle e Cosmopolitan Norway.

“Isso é para aumentar o foco na ética com a moda”, afirmou Pål Vassbotn, diretor do Copenhague Fashion Week em entrevista ao Norwegian Fashion.

“Com o Mote mot Pels, nós desejamos deixar uma mensagem clara que uma parte significante da indústria de moda da Noruega é contra os casacos de pele, estando eles em condições lamentáveis nas fazendas de pele, nas passarelas, numa festa de celebridades ou em revistas de moda”, explicou a editora de moda Hilde Marstrander para o NOAH Ark.

Marstrander foi uma das fundadoras da iniciativa, juntamente com o designer Fam Irvoll, o designer e estilista Kjell Nordström (mais conhecido como Baron von Bulldog) e tem a colaboração do grupo ativista NOAH.

A Oslo Fashion Week 2011 será realizada entre os dias 14 e 20 de fevereiro.

Copenhague Fashion Week

Segundo o Norweigian Fashion, mesmo com o avanço em um segmento da indústria da moda, outros estilistas não abrem mão dos casacos de pele. A diretora do Copenhague Fashion Week (CFW), Eva Kruse, disse acreditar que os casacos de pele são o centro da moda e ela não tem planos de banir a pele do desfile.

De acordo com Kruse, o CFW escolheu colocar o foco ético nos países pelos quais as peles são importadas e que leis nacionais e diretrizes estão sendo seguidas para o tratamento e a morte dos animais.

Ela também afirmou que, se as fábricas de pele da Noruega fecharem, a produção apenas iria trocar de país, como a China, e eles perderão o controle de como os animais lá serão manipulados.

Os danos dos casacos de pele

Um bilhão de coelhos são mortos anualmente para alimentar a indústria da moda / Foto: Star Guitar

Os relatórios da PETA e do Born Free USA revelam que, anualmente, mais de 50 milhões de animais são mortos violentamente para serem usados como casaco. Eles são eletrocutados, lhes são quebrados os pescoços e/ou utiliza-se gases para que a pele deles se tornem artigos de luxo.

Os Estados Unidos é o quinto maior produtor de pele de mink do mundo, matando três milhões de espécies criadas em fazendas por ano. Segundo um relatório da Am New York, uma em cada cinco mulheres americanas possuem um casaco de pele.

Mas, ao contrário do que muitos pensam, não são só as chinchilas e os coelhos que sofrem com esse tipo de trabalho. Os relatórios revelam que peles de gatos e cachorros também entram no mercado sem serem identificadas para produzir os casacos.

Além disso, as Nações Unidas informaram que, ao menos, um bilhão de coelhos são mortos todos os anos para essa atividade.

(Ecod)

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