Chineses de olho na ciência brasileira

Delegação da Academia Chinesa de Ciências visita FAPESP e mostra interesse em estabelecer parcerias em áreas como biomassa, biodiversidade e neurociências






© Samuel Iavelberg

Krieger, Lafer, Jiaofeng e Brito Cruz: possibilidades de cooperação futura

Depois de conhecerem a National Science Foundation (NSF), nos Estados Unidos, e a Universidade de Costa Rica, perto da capital San José, seis representantes da Academia Chinesa de Ciências (CAS, na sigla em inglês) estiveram hoje (18/08) na sede da FAPESP, em São Paulo, com o propósito de iniciar colaborações científicas.

“Queríamos saber como essas agências de financiamento à ciência e tecnologia funcionam”, comentou Pan Jiaofeng, secretário geral da CAS. “Temos interesse especialmente em biomassa, biodiversidade e neurociências.” Segundo ele, essa foi a primeira visita ao Brasil.

“Há uma preocupação sobre como selecionamos as áreas prioritárias”, disse Celso Lafer, presidente da FAPESP. “Falamos sobre as possibilidades de cooperação futura e ficamos de explorar isso mais tarde.”

Lafer, Carlos Henrique de Brito Cruz, diretor-científico da FAPESP, Eduardo Moacyr Krieger, ex-presidente da Academia Brasileira de Ciências, e Marie-Anne van Sluys, coordenadora adjunta da diretoria científica da FAPESP, receberam a delegação chinesa, formada por Jiaofeng, Song Dawei, diretor geral de pesquisa do governo chinês, e Zhao Lanxiang, Tao Zongbao e Gong Haihua, da CAS.

Estabelecida em 1949 em Pequim, a Academia Chinesa é uma das mais importantes instituições de pesquisa e inovação na China. Mantém 117 institutos de pesquisa, incluindo três jardins botânicos, e cinco universidades, com colaborações com instituições de pesquisa em cerca de 60 países. A Academia Chinesa investiu em cerca de 430 empresas de base tecnológica, algumas já com ações em bolsas de valores.

Um dos projetos científicos recém-concluídos com o apoio da CAS é o sequenciamento completo do genoma da ostra, que abre a possibilidade de ampliar a produção e de desenvolver novos materiais de uso industrial.

Fasesp
Edição Online - 18/08/2010

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