Educação para um planeta mais azul

INCT de Recursos Minerais, Água e Biodiversidade apoia projeto que busca despertar nas crianças, adolescentes e na comunidade a consciência sobre a importância da preservação dos recursos hídricos existentes

A água é uma substância inestimável para manter a vida e o equilíbrio do planeta. Na verdade é a água existente na Terra que diferencia o nosso planeta de milhares de outros conhecidos pelo homem no universo. Pelo que se sabe, a Terra é o planeta mais abundante em água, tendo aproximadamente 70% de toda sua superfície composta por esta valiosa substância.

Mas se isso é uma boa notícia, sabe-se também de uma não tão refrescante, já que para o consumo de mais de seis bilhões de pessoas, apenas 0,007% do total da água da terra está disponível, pois 97% é salgada e imprópria para beber, o restante é gelo ou está em rios subterrâneos, escondidos no interior do planeta.

Neste sentido, é fundamental uma boa administração deste recurso de forma que se possa criar soluções práticas para a situação crítica em que o planeta se encontra. Hoje, já se passou e muito do sinal amarelo, vive-se em alerta vermelho.

Dentro deste contexto, é clara a necessidade de mudar o comportamento do homem em relação à natureza e efetivar ações para restabelecer o equilíbrio do planeta. Uma dessas ações de responsabilidade ambiental nasceu na pequena cidade de Nova Lima, região metropolitana de Belo Horizonte. Lá foi inaugurada a primeira Escola da Água de Minas Gerais, e segunda do Brasil.

Sob a coordenação da bióloga e especialista em Gestão Ambiental, Thais Helena Prado, o projeto busca despertar nas crianças, adolescentes e na comunidade da região a consciência sobre a importância da preservação dos recursos hídricos existentes.

"Sabemos que os municípios e a comunidade em geral não possuem subsídios e ferramentas adequadas para gerir os recursos naturais de forma efetiva e com resultados visíveis, não apenas no âmbito social ou econômico, mas também no que se refere à questão ambiental. A partir deste pressuposto percebemos a necessidade de criar um programa que de forma continuada dê suporte aos municípios para instituir uma nova ética da água", afirma a coordenadora.

Segundo a bióloga, a Escola da Água pretende ser um vetor de mudança de comportamento, educando a população e mostrando caminhos para a construção de uma cidade mais sustentável.

"A educação ambiental é um ponto relevante para mudança de valores e atitudes do ser humano, desta forma, a consciência para o desenvolvimento sustentável motiva e envolve indivíduos e grupos sociais, levando-os a refletir sobre a forma como vivemos e trabalhamos atualmente, e principalmente a tomar decisões conscientes e criar formas de se trabalhar por um mundo melhor".

A escola é constituída por um espaço físico com dois monitores onde são desenvolvidas atividades interativas, em torno do tema água-ambiente. Além disso, o projeto criou uma rede de ações e idéias que são levadas até as escolas do município para incentivar e apoiar uma nova forma de aprender, que envolve os professores e alunos, explorando as possibilidades de integrar ou reintegrar a escola com a comunidade.

O principal foco da escola são as crianças e os jovens, que, de acordo com a coordenadora, servem como difusores de ações ambientais, quando são bem informados e orientados através de programas que despertam seu interesse pelo tema.

"Quando eles se sentem responsáveis começam a cobrar dos adultos a importância de cuidar e preservar os recursos hídricos. Além disso, eles serão os adultos de amanhã, portanto, é preciso contribuir para a formação de indivíduos conscientes e engajados para concepção de uma reflexão crítica e uma ação criativa capaz de atuar no processo de transformação de sua realidade, permitindo o desenvolvimento de uma sensibilização dos problemas ambientais", explica Thais.

O projeto conta com a colaboração do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia de Recursos Minerais, Água e Biodiversidade (INCT-ACQUA). A primeira Escola da Água do Brasil foi implantada no município de Bocaina, em São Paulo, no ano de 2005.

(Assessoria de Comunicação Social do CNPq)

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