A preocupação nacional com o uso crescente de crack tem feito com que muitas organizações se mobilizem para combater o problema. Foi o que fez o grupo de comunicação RBS (Rede Brasil Sul). Eles criaram uma campanha batizada de Crack nem pensar, que está mobilizando os moradores de Santa Catarina e Rio Grande do Sul sobre os riscos da droga e o que eles podem fazer para evitá-la.
No site oficial do programa, o leitor pode encontrar diversas informações sobre o problema, como histórias dramáticas de quem já passou ou ainda vive a experiência de conviver com um usuário. Foi o caso da representante comercial Flávia Costa Hahn, que em 2009 matou com um tiro o único filho, Tobias Lee Manfred Hahn, viciado em crack. Segundo Flávia, que cumpre pena em liberdade, a ação ocorreu em legítima defesa, após um ataque de Tobias.
No blog, é possível conferir as novidades do projeto e ações que estão sendo realizadas pela população para reforça a conscientização, especialmente dos mais jovens. As pessoas ainda podem se conectar através de redes sociais, como Orkut, Facebook e Twitter.
O projeto ainda fornece notícias relacionadas à questão e informações como o que é a substância e como funciona o seu consumo, os riscos da droga e os efeitos do crack no organismo. Infográficos mostram a ação da droga no corpo e relatam depoimentos de quem luta para se livrar do vício.
A iniciativa ainda dá dicas de como a família pode ajudar um dependente e onde buscar ajuda. Confira:
Prestar atenção aos sinais
Os sintomas do crack são tão escancarados que em poucas semanas se estabelece uma situação de emergência: o dependente apresenta emagrecimento acentuado, agressividade, depressão, dedos e boca queimados e até delírios e paranóias.
Buscar o diagnóstico
Encaminhar o dependente a um especialista. Pacientes com transtornos como depressão e bipolaridade precisam de medicação específica.
Admitir o problema
É preciso que os familiares se esforcem para perceber que todos podem fazer parte do problema - e da solução.
Incentivar a busca de tratamento
No caso do crack, a internação é essencial.
Promover mudanças
Se a família não revir seus comportamentos e atitudes e promover as mudanças necessárias, as chances de recaída no vício são altas.
Superar as culpas
Lidar com um dependente químico é um aprendizado. Essas situações provocam angústia em familiares. É comum pais darem dinheiro ao filho ou enchê-lo de presentes se ele se dispuser à internação - isso atrapalha a recuperação.
Outras dicas de prevenção
Esqueça aquele mito de que é bonitinho uma criança experimentar uns goles de cerveja com você.
Tenha hábitos saudáveis: as escolhas dos pais influenciam o comportamento dos filhos. Pesquisas mostram que, em lares com pais fumantes, o índice de filhos fumantes é maior.
Dê o exemplo: quando as crianças observam os adultos beberem para relaxar ou superar a timidez, aprendem que também precisam de substâncias químicas para superar seus problemas.
Acompanhe a rotina de seu filho: é importante saber onde ele está, o que faz e com quem está. Mudanças bruscas de comportamento podem ser um sinal de que há problemas.
Ecod.
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