Tecnologia full-duplex dobra capacidade de celulares e Wi-Fi

Uma nova tecnologia de transmissão sem fios pode mudar fundamentalmente o projeto dos sistemas de transmissão via rádio, além de aumentar a largura de banda e a capacidade das redes sem fios, e reduzir o consumo de bateria dos equipamentos portáteis.

Tecnologia <i>full-duplex</i> dobra capacidade de celulares e Wi-Fi
Teste do novo transmissor full-duplex em uma câmara anecoica. [Imagem: Sam Duckerin]
Leo Laughlin e seus colegas da Universidade de Bristol, no Reino Unido, desenvolveram uma técnica que estima e anula a interferência gerada pela transmissão de cada aparelho.
Isto permite que um dispositivo de rádio transmita e receba no mesmo canal ao mesmo tempo. Em outras palavras, torna-se necessário apenas um canal para a comunicação de duas vias, utilizando a metade do espectro eletromagnético em comparação com a tecnologia atual.
Arquitetura full-duplex
Esta nova arquitetura full-duplexcombina uma técnica de "isolamento de equilíbrio elétrico" com outra chamada "cancelamento ativo de frequência de rádio", suprimindo a interferência por um fator de mais de 100 milhões.
O protótipo usa apenas componentes disponíveis comercialmente, tornando-o adequado para uso em aparelhos móveis, como celulares e tablets.
Se for adotada em um sistema Wi-Fi, por exemplo, esta técnica pode dobrar a capacidade de um ponto de acesso, permitindo a conexão de um maior número de usuários, ou dobrar a taxa de dados para os usuários atuais.
Para os celulares, a operação full-duplex também poderia aumentar a capacidade e a velocidade de transmissão, ou, alternativamente, manter a rede atual com menor número de estações rádio-base, diminuindo o custo de operação.
"Até agora havia um problema fundamental não solucionado com as comunicações via rádio. Como o espectro radioelétrico é um recurso limitado, e com as operadoras de rede pagando milhões para ter acesso a esse espectro, a solução deste problema nos coloca um passo mais perto de dispositivos mais rápidos, mais baratos e mais verdes para o nosso futuro conectado," disse Leo Laughlin.
(FONTE: Inovação Tecnológica)