André Rosemberg é dono do Bar Central, em Recife. Ele cultiva no telhado do seu empreendimento grama, hortaliças e árvores frutíferas, como pitanga, maracujá, limão, acerola e laranja.
A Lei Municipal 18.112/2015 foi sancionada no dia 13 de abril e prevê o plantio de gramas, hortaliças, arbustos e árvores de pequeno porte nas lajes dos edifícios
Foto: Portal Paisagismo
Depois de quatro meses de cultivo, o jardim chama atenção por quem passa por ali. Seu vizinho elogiou a iniciativa: "A ideia é maravilhosa. Deveria ser padrão para todo canto. Só faz bem. Os pássaros adoram e os vizinhos ganharam uma vista mais bonita."
O empresário antecipou-se a uma lei aprovada recentemente na capital pernambucana, a qual obriga novos prédios residenciais, com mais de quatro pavimentos e com área coberta acima de 400 metros quadrados, a implantarem telhados verdes.
A Lei Municipal 18.112/2015 foi sancionada no dia 13 de abril e prevê o plantio de gramas, hortaliças, arbustos e árvores de pequeno porte nas lajes dos edifícios. O objetivo do projeto é aumentar as áreas verdes e diminuir os efeitos do calor, já que um prédio com telhado verde pode chegar a uma temperatura até seis graus mais baixa do que no seu entorno.
Telhado verde do Bar Central, em Recife
Foto: Reprodução Jornal do Commercio/YouTube
Foto: Reprodução Jornal do Commercio/YouTube
Drenagem da cidade
Além disso, o projeto de lei prevê a construção de reservatórios para captação de água da chuva, em novos imóveis residenciais e comerciais, com área de solo acima de 500 metros quadrados e que tenha 25% do terreno impermeabilizado.
A água da chuva obtida através do reservatório de acúmulo pode ser utilizada para regar as plantas ou lavar calçadas, por exemplo. O reservatório de retardo ajuda a drenagem da cidade, para diminuir alagamentos nas ruas.
A prefeitura também sancionou a lei nº 18.111/2015, para ampliar as áreas verdes ao redor de parques e praças. Os novos empreendimentos para terrenos, ao redor de 340 praças e parques de Recife, terão que manter um recuo de dois metros na parte da frente dos edifícios para arborização.
Bem que iniciativas como essa poderiam virar realidade em outras cidades brasileiras. Você concorda?
ECOD