De cada 100 litros de água coletada e tratada, em média, apenas 67 litros chegam as torneiras de todo o Brasil.
O volume perdido em 2013 equivale a 6,5 vezes a capacidade do Sistema Cantareira
Foto: Pedro França/Agência Senado/Fotos Públicas
Os outros 37% são desperdiçados, junto com o dinheiro investido no saneamento básico. O prejuízo financeiro com as perdas de água no País chega a R$ 8 bilhões ao ano, segundo estudo do Instituto Trata Brasil, feito com base nos dados mais recentes (2013) do Ministério das Cidades.
Tamanho desperdício também contribui para a situação de colapso hídrico que o país vive atualmente. Ligações clandestinas, infraestrutura desgastada, vazamentos, obras mal executadas ou medições incorretas no consumo de água são as principais causas da perda de faturamento das empresas operadoras, sejam públicas ou privadas.
De acordo com os cálculos do Trata Brasil, todo o volume perdido em 2013 equivale a 6,5 vezes a capacidade do Sistema Cantareira (sem considerar as reservas técnicas).
Conforme a pesquisa, as perdas de água representam um entrave para a expansão das redes de distribuição do saneamento além de aumentar a pressão sobre os recursos naturais, agravando quadros de escassez hídrica, já que mais água precisa ser retirada da natureza.
Conheça agora as dez cidades que mais perdem água (na distribuição) e dinheiro (perdas de faturamento) no Brasil:
Macapá é a campeã nacional da perda de água na distribuição
Foto: Reprodução/Patrimônio
1) MACAPÁ (AMAPÁ)
Índice de perda na distribuição em 2013: 73,56%
Índice de perda de faturamento: 73,91%
Índice de atendimento total de água: 38,82%
População em 2013: 437.256
Índice de perda na distribuição em 2013: 73,56%
Índice de perda de faturamento: 73,91%
Índice de atendimento total de água: 38,82%
População em 2013: 437.256
Jaboatão dos Guararapes sofre tanto com a escassez de água tratada como com as perdas na distribuição
Foto: Wikimedia Commons/Josuel21
2) JABOATÃO DOS GUARARAPES (PERNAMBUCO)
Índice de perda na distribuição em 2013: 70,63%
Índice de perda de faturamento: 65,45%
Índice de atendimento total de água: 53,96%
População: 675.599
Índice de perda na distribuição em 2013: 70,63%
Índice de perda de faturamento: 65,45%
Índice de atendimento total de água: 53,96%
População: 675.599
Em Porto Velho apenas 30,77% da população conta com água tratada e mais de 70% do recurso se perde na distribuição
Foto: Wilson Dias/Agência Brasil
3) PORTO VELHO (RONDÔNIA)
Índice de perda na distribuição em 2013: 70,33%
Índice de perda de faturamento: 68,87%
Índice de atendimento total de água: 30,77%
População: 484.992
Índice de perda na distribuição em 2013: 70,33%
Índice de perda de faturamento: 68,87%
Índice de atendimento total de água: 30,77%
População: 484.992
Na cidade pernambucana de Paulista, cerca de 15% da população carece de água tratada e o desperdício na distribuição chega aos 67,43%
Foto: Wagner de Lima/ Wikimedia Commons
4) PAULISTA (PERNAMBUCO)
Índice de perda na distribuição em 2013: 67,43%
Índice de perda de faturamento: 58,49%
Índice de atendimento total de água: 85,43%
População: 316.714
Índice de perda na distribuição em 2013: 67,43%
Índice de perda de faturamento: 58,49%
Índice de atendimento total de água: 85,43%
População: 316.714
Cuiabá atende bem a demanda de água da população, mas desperdiça bastante
Foto: Divulgação/Embratur
5) CUIABÁ (MATO GROSSO)
Índice de perda na distribuição em 2013: 67,29 %
Índice de perda de faturamento: 64,50%
Índice de atendimento total de água: 93,03%
População: 569.830
Índice de perda na distribuição em 2013: 67,29 %
Índice de perda de faturamento: 64,50%
Índice de atendimento total de água: 93,03%
População: 569.830
Capital do Maranhão perde 67,24% da água na distribuição
Foto: Wikimedia Commons
6) SÃO LUÍS (MARANHÃO)
Índice de perda na distribuição em 2013: 67,24%
Índice de perda de faturamento: 68,61%
Índice de atendimento total de água: 90,15%
População: 1.053.922
Índice de perda na distribuição em 2013: 67,24%
Índice de perda de faturamento: 68,61%
Índice de atendimento total de água: 90,15%
População: 1.053.922
Várzea Grande tem bom índice de atendimento total de água, mas desperdício é grande
Foto: Matheus Hidalgo/Wikimedia Commons
7) VÁRZEA GRANDE (MATO GROSSO)
Índice de perda na distribuição em 2013: 64,35 %
Índice de perda de faturamento: 65,91%
Índice de atendimento total de água: 98,26%
População: 262.880
Índice de perda na distribuição em 2013: 64,35 %
Índice de perda de faturamento: 65,91%
Índice de atendimento total de água: 98,26%
População: 262.880
Maceió tem população de quase 1 bilhão de habitantes
Foto: Wikimedia Commons
8) MACEIÓ (ALAGOAS)
Índice de perda na distribuição em 2013: 61,28%
Índice de perda de faturamento: 59,47%
Índice de atendimento total de água: 94,65%
População: 996.733
Índice de perda na distribuição em 2013: 61,28%
Índice de perda de faturamento: 59,47%
Índice de atendimento total de água: 94,65%
População: 996.733
Índice de perda de faturamento em Mossoró é de 54,20%
Foto: Wikimedia Commons
9) MOSSORÓ (RIO GRANDE DO NORTE)
Índice de perda na distribuição em 2013: 60,58 %
Índice de perda de faturamento: 54,20%
Índice de atendimento total de água: 93,74%
População: 280.314
Índice de perda na distribuição em 2013: 60,58 %
Índice de perda de faturamento: 54,20%
Índice de atendimento total de água: 93,74%
População: 280.314
Índice de perda em Rio Branco supera os 60%
Foto: Embratur/Fotos Públicas
10) RIO BRANCO (ACRE)
Índice de perda na distribuição em 2013: 60,21%
Índice de perda de faturamento: 60,2%
Índice de atendimento total de água: 48,97%
População: 357.194
Índice de perda na distribuição em 2013: 60,21%
Índice de perda de faturamento: 60,2%
Índice de atendimento total de água: 48,97%
População: 357.194
(ECOD)