Engenheiros médicos já usam fibras nanométricas, isto é, em tamanho igual ou inferior a um bilionésimo de metro, como alternativa para reparar tecidos em crescimento, como, por exemplo, a pele.
Agora, eles estão desenvolvendo malhas de nanofibras – material não visível ao olho humano com superfície e diâmetros muito menores que um fio de cabelo – capazes de “sugar” germes e bactérias de feridas e acelerar a cura.
Os avanços foram relatados em um simpósio anual sobre tecnologias médicas, que ocorreu em Baltimor, no Estado de Maryland (EUA).
Os cientistas injetaram o material em feridas para dar início à reparação dos tecidos, mas, para projetar um curativo verdadeiramente inteligente, eles precisam saber como acontece a interação com as bactérias.
Depois de testar nanofibras de vários tamanhos, os pesquisadores descobriram que os germes se transferem mais facilmente para os materiais com diâmetros que correspondem aos tamanhos das bactérias.
Quando os cientistas colocaram as nanofibras em um recipiente com Staphylococcus aureus, uma bactéria causadora de infecção crônica, as bactérias rapidamente se ligaram às fibras de 500 nanômetros de largura, mas dificilmente nas fibras com diâmetros maiores.
Os pesquisadores, que pretendem testar a descoberta em um material que se assemelha a pele humana, esperam desenvolver curativos inteligentes que poderiam impedir infecções. Os médicos, então, poderiam curar uma ferida apenas com o “pequeno” band-aid.
(Fonte: UOL)