Veja 10 lições de quem começou do zero e se tornou milionário

 "Pobres e simples, ou no máximo de classe média" são os perfis de começo de carreira dos empresários retratados no livro "Todo Mundo Disse que Não Ia Dar Certo" (Jardim dos Livros), do jornalista Ricardo Viveiros. Ele reuniu histórias de pequenos negócios que, vencendo o ceticismo, viraram grandes empresas como Casa do Pão de Queijo, Habib′s, CVC, Avianca, China in Box e Buscapé.

"Todos tiveram uma boa ideia, que outros disseram que não ia dar certo. Mas eles venderam carros, pediram dinheiro emprestado com o sogro, entraram no fundo de garantia e montaram negócios que se tornaram empresas milionárias", diz Viveiros.

Reunindo as histórias do livro, o jornalista diz que se convenceu de que "vale a pena acreditar em você e no Brasil".

A pedido da reportagem, citou dez fatores em comum entre os empreendedores de sucesso.

CORAGEM
Todo empreendedor é uma pessoa de coragem. No Brasil é tanta crise e encrenca que o cara tem medo. Cada personagem tinha uma ideia nova, surpreendente e que parecia impossível. Para realizá-la, eles precisaram transformar fracassos à sua volta não em medo, mas na motivação para algo novo.

FUGIR DOS BANCOS
Eles não pegaram dinheiro em bancos. Os que pegaram, quebraram a cara e tiveram que dar a volta por cima. Bancos brasileiros são muito eficientes, mas são os mais lucrativos do planeta Terra. O custo do dinheiro no país é alto e sempre foi. Todos procuraram outras formas de se financiar.

TESTAR
Aprenderam fazendo. Teve empreendedor que quebrou com a economia em alta por burrice e depois deu a volta por cima. Outros mudaram radicalmente o negócio para lucrar mais, como o Leandro Scabin, da Diletto, que montou primeiro um pet shop nos Jardins, em São Paulo. Era tanta ação da Polícia Federal para checar o estoque, que tinha aves raras, que os clientes diminuíram. Ele decidiu mudar e vender picolé, o que deu muito mais certo.

INTUIÇÃO
Eles escutam tudo, mas fazem só o que a intuição recomenda. Para transformar a Casa do Pão de Queijo em uma rede, o executivo Alberto Carneiro Neto teve que vencer a opinião de parte da família, que resistia a uma mesma identidade para as lojas. Elas usavam a mesma receita de pão de queijo, mas tinham operações independentes.

PRÓXIMO ALVO
Nunca acreditaram que chegaram ao topo e alcançaram o sucesso. Eles têm uma insatisfação permanente e insaciável. José Efromovich, dono da Avianca, tinha uma escola com mil alunos quando resolveu abrir uma empresa de engenharia. De lá, partiu para o setor de táxi aéreo.

PÉ NO CHÃO
Nenhum se encantou com elogios e todos deram valor às críticas.

NÃO DEIXAR PARA DEPOIS
Não deixam um problema sem solução por mais de um dia. Mesmo se for para resolver mal, é melhor resolver.

SEPARAR AS COISAS
Não misturam a vida pessoal com o negócio, mas gostam dele como se fosse uma família.

GENTE
Atraíram colaboradores preparados, eficientes e éticos. Às vezes, a opinião de um empregado maduro, mais velho, que diz "olha, não faça isso" é fundamental para o sucesso de um negócio. Alberto Saraiva, dono do Habib′s, empregou um cozinheiro de 70 anos que seria a base de seu negócio

FUTURO
Souberam preparar e escolher sucessores.

Fonte: Folha Online - 05/12/2014