Nova espécie de dinossauro é descoberta nos Estados Unidos

Pesquisadores da Universidade da Carolina do Norte publicaram estudo em que descrevem uma nova espécie de dinossauro carnívoro que conviveu com os tiranossauros há 98 milhões de anos. Segundo a pesquisa, trata-se de um dos três maiores dinossauros da América do Norte.

O dinossauro descoberto foi nomeado Siats meekerorum. Considerado o “predador ápice” de seu tempo, ele pertence aos Carcarodontossauros, um grupo de carnívoros gigantes que inclui os maiores dinossauros predadores já descobertos, como os Acrocanthossauros, que percorriam a América do Norte 10 milhões de anos antes e foram descobertos em 1950.

O esqueleto parcial do Siats meekerorum foi encontrado pelo paleontóloga Lindsay Zanno e seu colega Peter Makovicky, do Museu de História Natural de Chicago, nas Montanhas Rochosas de Utah, em 2008.

Os ossos encontrados pertenciam a um indivíduo jovem que tinha mais de 9 metros de comprimento e pesava pelo menos 4 toneladas, diz o estudo.

Os pesquisadores estimam que um Siats adulto deveria ter o tamanho de um Acrocanthossaurus, o que faz com que as duas espécies disputassem o posto de segundo maior dinossauro predador, atrás apenas do Tyranossaurus rex.

O Siats pertence ao subgrupo dos Neovenatoridae, que inclui outros de corpo menor e já foram encontrados na Europa, América do Sul, China, Japão e Austrália. É a primeira vez que eles são descobertos na América do Norte.

Os Siats viveram onde hoje é o estado de Utah durante o período Cretáceo Superior (de 100 milhões de anos a 66 milhões de anos atrás). Até então não se sabia quem eram os maiores carnívoros na América do Norte neste período.

A pesquisa conclui que os Siats teriam impedido os tiranossauros, que inicialmente eram menores, de tomar seu lugar no topo da cadeia alimentar, o que aconteceu apenas depois que os Carcarodontossauros desapareceram. Somente a partir daí é que os tiranossauros teriam evoluído e aumentado de tamanho a ponto de se tornarem os maiores gigantes predadores.

A descoberta preenche a lacuna de mais de 30 milhões de anos nos registros de fósseis, durante o período em que o papel de maior predador passou dos Carcarodontossauros, no Cretáceo Inferior, para os tiranossauros no Cretáceo Superior. O habitat incluía vegetação e água abundante que permitiam a convivência de dinossauros herbívoros, tartarugas, crocodilos e peixes gigantes.

Os pesquisadores afirmam que descobriram mais duas novas espécies de dinossauros que habitavam a região na mesma época, mas elas ainda têm que ser descritas pela equipe. 

(Fonte: G1)