Foi divulgada hoje a conclusão de que o universo é 80 milhões de anos mais velho do que se acreditava.
O universo é um pouco mais velho do que se acreditava. Para ser mais exato, 80 milhões de anos mais velho. Esta é a conclusão científica divulgada nesta quinta-feira, ratificando a teoria segundo a qual o universo se catapultou de um tamanho subatômico para uma expansão observável em uma fração de segundo.
A teoria do Big Bang é a mais abrangente sobre o começo do universo, segundo os cientistas. Ela diz que a porção visível do universo, que era menor que um átomo, em um breve instante explodiu, esfriou e começou a se expandir vertiginosamente, muito mais rápido que a velocidade da luz.
O telescópio espacial Planck, da Agência Espacial Europeia, esquadrinhou o resplendor remanescente do Big Bang, determinando que o universo tem 13,81 bilhões de anos.
O estudo também concluiu que o cosmos se expande ligeiramente mais devagar que o antes calculado, tem um pouco menos de energia escura e um pouco mais de matéria normal. Mas os cientistas disseram que essas mudanças são "minúsculas", em cálculos sobre o universo, que envolve cifras tão enormes.
"Descobrimos uma verdade fundamental sobre o universo", disse George Estfhathiou, diretor do Instituto Kavli de Cosmologia da Universidade Cambridge, que anunciou hoje o estudo. "Há um pouquinho menos do que não compreendemos."
O telescópio espacial Planck, com um custo de US$ 900 milhões, foi lançado em 2009. Ele foi utilizado durante mais de 15 meses para explorar o céu, examinar luminosidades fósseis e ecos sonoros do Big Bang na radiação cósmica ambiental. Antecipa-se que ele seguirá transmitindo dados até o fim de 2013, quando se esgotará seu fluido anticongelamento.
"Que triunfo maravilhoso do uso da matemática para descrever a natureza", disse o físico Brian Green, da Universidade de Colúmbia, que não teve relação com o estudo. "É uma descoberta notável", considerou o especialista.
(Valor Econômico com informações da Associated Press)