Todos, no entanto, são do tipo chamado 'Júpiter quente', gigantes gasosos que orbitam bem próximos de suas estrelas e sem condições de abrigar vida.
Astrônomos conseguiram detectar sinais da presença de água na atmosfera de cinco planetas extrassolares, isto é, que orbitam outras estrelas que não o Sol. Todos eles, no entanto, são do tipo conhecido como "Júpiter quente", gigantes gasosos que estão tão próximos de suas estrelas que não acredita-se serem capazes de abrigar vida.
Embora esta não seja a primeira vez que os cientistas encontraram água em planetas além do Sistema Solar, o estudo, publicado na edição desta terça-feira do periódico científico "Astrophysical Journal", foi o primeiro a comparar o perfil e a intensidade dos sinais de sua presença em diferentes mundos. Segundo os pesquisadores, dos cinco planetas - conhecidos como WASP-17b, HD209458b, WASP-12b, WASP-19b e XO-1b -, os dois primeiros são os que apresentaram as evidências mais fortes da presença de água.
Para conseguir detectar água na atmosfera dos planetas, os cientistas usaram o telescópio espacial Hubble. As observações foram feitas em uma faixa do espectro infravermelho em que a assinatura das moléculas de água, se presentes, seriam mais evidentes.
- Detectar realmente a atmosfera de um planeta extrassolar é extremamente difícil, mas conseguimos obter um sinal muito claro, e é de água - comemorou L. Drake Deming, pesquisador da Universidade de Maryland, nos EUA, e líder de uma das duas equipes de cientistas responsáveis pela descoberta.
Apesar disso, os sinais de água na atmosfera dos planetas foram menos pronunciados do que os esperados pelos cientistas. Segundo eles, isso pode ter acontecido por causa da neblina e poeira que recobrem estes planetas, o que reduziria a intensidade dos sinais da mesma forma que a neblina na Terra deixa menos vivas as cores em uma fotografia.
(Cesar Baima/O Globo)
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