Poucas áreas de pesquisa são tão controversas e acomodam discussões tão acaloradas quanto o estudo da estrutura atômica do vidro.
Cientistas conseguiram ampliar a estrutura interna de um vidro metálico na menor das escalas. [Imagem: Mingwei Chen]
Estrutura do vidro
Ao contrário dos cristais, o vidro não possui uma ordem atômica de longo alcance. Em vez disso, os átomos ficam espalhados, naquilo que é conhecido como "ordenação localizada".
Por mais de meio século, os cientistas afirmavam que os átomos no vidro eram dispostos em padrões repetitivos de icosaedros de 20 lados cada um.
Usando uma técnica de microscopia de difração de elétrons, que emprega um feixe de elétrons na escala dos ângstroms - 1 ângstrom equivale a 0,1 nanômetro - foi possível ampliar a estrutura interna de um vidro metálico na menor das escalas.
Afinal, o ângstrom é a unidade de medida usada para medir grandezas da ordem de átomos individuais - o tamanho de um átomo de hidrogênio, por exemplo, pode variar entre 0,5 A e 13 A.
Tamanha ampliação permitiu finalmente a observação de um icosaedro individual na estrutura do vidro.
Infelizmente, o feito está longe de dar uma palavra final para o debate.
Isso indica que as regiões locais de icosaedros podem não ser perfeitamente compatíveis com a estrutura geral estabilizada do vidro.
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