Escassez de árvores obriga chineses a trocar pauzinhos por garfos e facas

O sucesso dos restaurantes orientais, como japoneses e chineses no Brasil é notável. Para aqueles que são hábeis na manipulação dos pauzinhos, os chamados hashis, é hora de optar pelo garfo reutilizável.

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Os líderes chineses já reconhecem que precisam de uma nova alternativa de talheres
Foto: scx.hu

 O por quê? O hábito tradicional está ameaçando as florestas da China. O país descarta anualmente mais de 80 milhões de pares de hashis, derrubando anualmente 20 milhões de árvores para alimentar o hábito. Segundo o site Inhabitat, os líderes chineses já reconhecem que precisam de uma nova alternativa de talheres.

“Temos que mudar nossos hábitos de consumo”, afirmou aos delegados no Congresso Nacional do Povo, Bai Guangxin, presidente do Grupo de Indústria Florestal de Jilin, mesmo lembrando que essa mudança pode não ser tão bem aceita pela população chinesa.

Bai apontou também que o governo chinês começou a agir por meio de políticas que limitem fabricação de pauzinhos descartáveis, como um imposto de 5% instituído em 2006​.

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Reduzir o uso de pauzinhos de madeira descartáveis em toda a China iria aliviar a pressão sobre as florestas do local
 Foto: sxc.hu

O presidente chinês, Hu Jintao, anunciou em 2009 que a China planejava aumentar sua cobertura florestal em 40 milhões de hectares até 2020, mas o uso de hashis descartáveis poderia impedir o país de alcançar esse objetivo.

Segundo o site The Telegraph, reduzir o uso de pauzinhos de madeira descartáveis em toda a China vai aliviar a pressão sobre as florestas do local. O país é atualmente o número um do mundo na importação de madeira.

(ECOD)

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