Pesquisa revela que 1 em cada 13 adultos tem pé de chimpanzé

Aproximadamente 3,5 milhões de anos atrás, os ancestrais do homem moderno desceram das árvores para caminhar no chão. Os pés dos hominídeos evoluíram para ficar mais firmes e resistir às forças de contato com a terra, perdendo, principalmente, a flexibilidade das patas dos primatas.
Mas uma nova pesquisa publicada no American Journal of Physical Anthropology mostra que quase 10% da população manteve um andar mais primitivo do que o esperado, melhor adaptado para caminhar sobre os galhos do que no solo.

Durante um ano, visitantes do Museu de Ciência de Boston, nos Estados Unidos, tiraram seus sapatos antes de conhecer o espaço. O antropólogo Jeremy DeSilva filmou o andar de 650 pessoas sobre uma esteira mecânica com o objetivo de criar uma espécie de banco de dados das variações na locomoção humana.

A partir disso, ele e Simone Gill, sua colega na Universidade de Boston, analisaram os pés de cerca de 400 adultos e descobriram que 8% deles têm a parte de cima do pé mais flexível e capaz de se dobrar, e não tão rígido como manda a teoria. Isso significa que um em cada 13 adultos tem um “pé de chimpanzé”, ideal para pular de galho em galho.

Essa parcela do caminhar diferente também tinha pés chatos, ressalta a pesquisa. DeSilva quer, agora, investigar se essa descoberta, chamada de quebra metatársica, pode tornar o andar humano menos eficiente.

Ele arrisca que a flexibilidade foi uma desvantagem para os nossos antepassados no solo, pois tornaria os passos curtos e rápidos, obrigando os hominídeos a se apoiarem na parte externa. “Meu palpite é que estamos lidando com muitas variações do que antes, muito por conta dos sapatos, que estão afetando a anatomia dos pés.”

 (Fonte: UOL)

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