Estudo mostra que seres humanos sentem empatia por robôs

Se você simpatizou pelo robô R2-D2, de Guerra nas Estrelas, se emocionou com o Wall-e da Pixar e já deu atenção a um Tamagochi faminto, saiba que isso é normal: pesquisadores alemães descobriram que pessoas têm sentimentos por robôs muito parecidos com os que nutrem pelo seu semelhante.
No estudo, foi observado que humanos apresentam atividade cerebral semelhante quando assistiam a cenas de afeto ou violência envolvendo tanto robôs como gente.

Na primeira parte do experimento, 40 voluntários assistiram a vídeos de um pequeno robô de formato de dinossauro sendo tratado com afeto ou com violência. Enquanto viam os vídeos, eles tinham seus sinais vitais medidos e depois eram perguntados sobre o estado emocional que as imagens provocaram. Os participantes afirmaram que se sentiram mal quando viram o robô sendo mal tratado.

Na segunda etapa, 14 participantes viram vídeos de um robô, um humano e um objeto inanimado sendo tratados de forma afetuosa e de maneira violenta enquanto tinham as funções cerebrais monitoradas por ressonância magnética. As imagens de afeto, tanto em humanos quanto em robôs, resultaram em atividades neurais no sistema límbico semelhantes, o que indica que os três vídeos provocaram emoções parecidas.

“Foi surpreendente constar que não encontramos grandes diferenças na atividade cerebral quando comparados os estímulos provocados pelos vídeos com humanos ou robôs. Mesmo assumindo que os estímulos provocados pelo vídeo com o robô provocassem emoção, esperávamos que estes processos seriam mais fracos que os provocados pelos vídeos com humanos”, disse ao iG Astrid Rosenthal-von der Pütten, psicóloga social e mestranda da Universidade Duisburg Essen, na Alemanha, e que integra a equipe de pesquisadores.

Astrid afirma que o estudo analisa apenas a resposta imediata e que novas pesquisas precisam ser feitas para determinar se humanos realmente desenvolvem sentimentos pelas máquinas. “Não sabemos ainda o que acontece após a informação dos vídeos ser processada. O fato de o nosso cérebro reagir de forma similar a estímulos afetivos de humanos e robôs não significa necessariamente que temos afeição pelos robôs, apenas que nos sensibilizamos a eles”, disse

A pesquisadora afirma que o estudo complementa as novas pesquisas em robótica. “Paralelamente a implementação de habilidades humanas em robôs, temos de investigar os efeitos de percepção do outro lado: o usuário humano”, disse Astrid, que acompanha o crescimento de pesquisa em robótica para desenvolver robôs cuidadores de idosos, auxiliares das tarefas diárias na casa, por exemplo.

 (Fonte: Portal iG)

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