Chico Bento vai estudar agronomia na USP

História em quadrinhos pretende retratar o cenário agro no Brasil. 

Assim como muitos jovens de 18 anos, Chico Bento vai deixar sua terra natal, a Vila Abobrinha, para fazer faculdade em Piracicaba. O curso escolhido é engenharia agronômica na renomada Esalq, a Escola Superior de Agricultura da USP. Essa nova fase do protagonista vai ser contada por Maurício de Sousa na revista em quadrinhos "Chico Bento Moço". O projeto pretende retratar o cenário agro no Brasil, mostrar o dia a dia dos agrônomos, o currículo do curso, a importância das atividades e a necessidade de mais profissionais nesse mercado. O objetivo é atrair jovens para uma futura carreira no ramo.
 
Tal como o personagem da HQ, muitos estudantes brasileiros optam por esta área. É o caso de Verônica Mendes, de 19 anos. Ela está no 3º semestre de engenharia agronômica da Universidade Federal Rural da Amazônia (UFRA). "O curso é bem amplo. A agronomia abrange muitas áreas, como exatas, biológicas, humanas e sociais. Creio que é um dos cursos mais complexos que existem", afirma.
 
Segundo a Esalq, compete ao engenheiro agrônomo produzir, conservar, transformar e colocar o alimento no mercado, cuidando do aproveitamento racional e sustentável dos recursos naturais e renováveis. Além da USP, outras universidades brasileiras oferecem o curso de engenharia agronômica. Os mais bem conceituados do país no Enade 2010 foram, respectivamente, o da UFES, do Espírito Santo; UFSM, de Santa Maria; Unesp, de São Paulo; UEPG, de Ponta Grossa; e UFRGS, do Rio Grande do Sul.
 
O número de engenheiros agrônomos no Brasil praticamente dobrou nos últimos dez anos. Segundo dados do Confea (Conselho Federal de Engenharia e Agronomia), o sistema havia cadastrado quase 40 mil profissionais até 2001. O número atual é de 83040 engenheiros agrônomos.
 
Atualmente, a sustentabilidade é uma das grandes preocupações do campo de estudo. O primeiro estágio de Verônica foi no projeto "Utilização de Cédulas Trituradas na Produção de Composto Orgânico", financiado pela Fundação Amazônia Paraense de Amparo à Pesquisa (Fapespa). "Mais de 13 toneladas de cédulas de real são descartadas e automaticamente trituradas. Essas cédulas eram depositadas nos lixões a céu aberto de Belém. Nós produzimos o composto orgânico com elas e beneficiamos alguns produtores rurais da região nordeste do Pará", conta a estudante.
 
(Paloma Barreto/ Jornal da Ciência)
 
Esta matéria está na página 9 do Jornal da Ciência, disponível em PDF desde sexta-feira, dia 19 de abril.

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