Programas de prevenção à Aids vão ampliar cursos por EAD

Durante o encontro que aconteceu entre os dias 10 e 11 de abril em São Paulo, do Fórum Estadual de Dirigentes de DST/Aids do Estado de São Paulo, foram discutidas as novas estratégias para educação a distância (EAD) dos profissionais de saúde e a atualização do plano estratégico no que diz respeito ao monitoramento das ações e à transmissão vertical do HIV e sífilis.


Tânia Maria Clemente, coordenadora do Programa Municipal de DST/Aids de Bragança, foi uma das técnicas que defendeu a capacitação por meio da EAD. Segundo ela, "existe uma dificuldade muito grande para os profissionais de saúde saírem de suas áreas de atendimento".

Ela explica que as aulas na internet serão ampliadas para que, por exemplo, uma parte do treinamento para a realização da testagem rápida para DSTs seja realizada online. "A teoria pode ser ministrada à distancia, então o profissional só precisaria fazer a parte prática presencialmente", disse Tânia.

Estiveram presentes no encontro representantes dos 145 municípios considerados prioritários, além de integrantes de grupos de vigilância epidemiológica (GVE), das Secretarias de Educação, Justiça e Cidadania, e ativistas.

Temas como humanização dos serviços prestados à comunidade, respeito aos direitos dos pacientes, inclusive gestantes usuárias de drogas, e escuta à população, também foram debatidos.

Jean Dantas, coordenador de Articulação com a Sociedade Civil do Programa Estadual de DST/Aids, afirma que "o evento é importante para discutir estratégias de aprimoramento do tratamento e prevenção das doenças sexualmente transmissíveis". Além disso, "ter a sociedade civil e os ativistas ao lado na hora de definir políticas e metas faz com que as ações sejam mais assertivas", defende.

Jefferson Antonio Saviolo, coordenador do programa em Presidente Prudente, se comprometeu a atingir as metas passados durante a reunião. Apesar de hoje, segundo ele, apenas 20% da população local já ter realizado o teste alguma vez na vida para o HIV, vai "se esforçar para que, até 2015, 100% dos moradores já tenham sido testados".

Ele também comentou dos desafios com a população itinerante, vinda de outras cidades da região, que fazem os testes e tratamento em Presidente Prudente. Saviolo defendeu a realização de todos os testes para as DSTs nas unidades básicas de saúde, que segundo ele, ajudariam no diagnóstico e na prevenção de novos casos.

Luiza Matilda, responsável pelo plano de enfrentamento da eliminação da transmissão vertical do HIV e sífilis, disse que "identificar uma criança com HIV ou sífilis hoje é uma prova de que há uma falha no diagnóstico no pré-natal, ou que a mãe não teve acesso ao serviço". Isso porque, segundo divulgou na sua apresentação, a transmissão vertical da sífilis e do HIV são 100% e 98%, respectivamente, possíveis de serem prevenidas.

Dentre os objetivos propostos pelo Programa Estadual estão reduzir para 2% a taxa de transmissão vertical do HIV até 2015 e diminuir para 0,5 a cada mil nascidos a taxa de incidência de sífilis congênita.

A publicação "Masculinidades e Prevenção às DST/Aids", lançado no começo de março (saiba mais), estava presente no material distribuído aos participantes do primeiro dia do fórum. "Somos todos vulneráveis, mas cada grupo de pessoas tem as suas próprias vulnerabilidades. Por isso fazemos publicações com linguagens específicas para determinados grupos de pessoas e divulgamos", comenta Dantas sobre o material que tem maior foco no homem heterossexual.

(Ache seu Curso Aqui - (Com informações da Agência de Notícias da Aids)

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