CNPq prepara 'Portal do Emprego' para recém-formados

 
Site funcionará como uma interface digital entre recém-formados da academia e o setor privado.

O Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) deve lançar nos próximos dias um projeto chamado Portal do Emprego, que funcionará como uma interface digital entre recém-formados da academia e o setor privado. O anúncio foi adiantado hoje pelo ministro da Ciência, Tecnologia e Inovação, Marco Antonio Raupp, em evento na sede da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), que teve também a participação do presidente do CNPq, Glaucius Oliva.

"A ideia é aproximar a oferta e a demanda por mão de obra qualificada na área", afirmou Raupp. "Temos de criar oportunidades para receber e ocupar esses jovens que estão fazendo pós-graduação, tanto no Brasil quanto fora do País", declarou o ministro, fazendo uma referência especial aos bolsistas do programa Ciência sem Fronteiras.

Segundo Oliva - que preferiu não adiantar muitos detalhes do programa antes do anúncio oficial -, o portal vai listar oportunidades de emprego disponíveis em empresas parceiras do programa (serão cerca de 30, inicialmente) e os alunos cadastrados poderão receber mensagens de alerta quando uma vaga na sua área de pesquisa aparecer. Haverá também um ambiente de chat para que os recém-formados conversem diretamente com representantes das empresas.

Edital. O CNPq publicou hoje no seu site oficial a chamada para o Edital Universal de 2013, no valor de R$ 170 milhões - o mais alto da história da instituição, que é o principal órgão de fomento à pesquisa científica no País. O valor é 30% maior do que o do edital do ano passado, de R$ 130 milhões.

O Edital Universal é extremamente disputado porque atende a todas as áreas da ciência - diferentemente dos editais direcionados, que são para áreas específicas, como biotecnologia ou nanotecnologia, por exemplo.

A chamada deste ano traz regras novas, incluindo uma nova divisão entre as "faixas" nas quais cada pesquisador pode concorrer. A Faixa A, para projetos de até R$ 30 mil, é reservada para jovens pesquisadores que concluíram seu doutorado a partir de 2006. A Faixa B, para projetos de até R$ 60 mil, é reservada para pesquisadores com bolsas de Produtividade em Pesquisa categoria 2 ou de Produtividade em Desenvolvimento Tecnológico e Extensão Inovadora (DT) categoria 2, "além dos pesquisadores que não possuem bolsas destas modalidades, em qualquer categoria", segundo o site. A Faixa C, para projetos de até R$ 120 mil, é livre.

A lógica por trás das novas regras, segundo Oliva, é tornar a disputa mais "equilibrada" entre pesquisadores jovens e graduados. Um pesquisador graduado do nível 1A, por exemplo (o mais alto), que tiver um projeto pequeno (de até R$ 30 mil, por exemplo) terá de concorrer na Faixa C e não na Faixa A, que ficará reservada aos cientistas mais jovens.

(O Estado de São Paulo)

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