O telescópio espacial Keplerdescobriu um novo sistema
planetário que é o lar do menor planeta já encontrado ao redor de uma estrela
similar ao nosso Sol.
A estrela, por enquanto conhecida
como Kepler-37, está aproximadamente a 210 anos-luz de distância, na
constelação da Lira.
A ilustração acima compara as
dimensões do menor exoplaneta descoberto até agora com a Lua e com os planetas
do Sistema Solar.
O diminuto exoplaneta, chamado
Kepler-37b, é um pouco maior do que a nossa Lua, medindo cerca de um terço do
tamanho da Terra.
O Kepler-37c, o segundo planeta,
é um pouco menor do que Vênus, medindo quase três quartos do tamanho da Terra.
Já o Kepler-37d, o terceiro
planeta do sistema, tem o dobro do tamanho da Terra.
Ano curto
Não são apenas os exoplanetas que
são pequenos: um ano nesses planetas também é muito curto.
O Kepler-37b orbita sua estrela a
cada 13 dias, a uma distância menos de um terço da distância de Mercúrio até o
Sol. Os outros dois planetas, Kepler-37c e Kepler-37d, orbitam sua estrela a cada
21 dias e 40 dias, respectivamente.
Todos os três planetas têm
órbitas menores do que a distância de Mercúrio ao Sol, sugerindo que eles são
muito quentes.
A estrela hospedeira, Kepler-37,
pertence à mesma classe do nosso Sol, embora seja um pouco menor e mais fria.
Astrossismologia
É necessário saber o tamanho da
estrela a fim de medir o tamanho dos seus planetas com precisão.
Para ter esta e outras
informações, os cientistas examinaram as ondas sonoras geradas pelo movimento
de ebulição abaixo da superfície da estrela.
Eles investigaram a estrutura
interior da Kepler-37 como os geólogos usam as ondas sísmicas geradas por
terremotos para estudar a estrutura interior da Terra - esse ramo incipiente da
ciência é chamado de astrossismologia.
As ondas sonoras viajam pela
estrela, trazendo informações até a superfície.
As ondas causam oscilações que o
telescópio captura como uma rápida oscilação no brilho da estrela. Como os
sinos de um campanário, as estrelas menores "tocam" em tons mais
altos, enquanto as estrelas maiores oscilam em tons mais baixos.
As oscilações de alta frequência,
quase imperceptíveis, no brilho das estrelas pequenas são naturalmente as mais
difíceis de medir. É por isso que a maioria doscorpos celestes submetidos à análise astrossísmica até agora
é maior do que o Sol.
Inovação Tecnológica
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