Segundo a WWF, os últimos relatos oficiais do animal eram de seus rastros e dois animais mortos. O comportamento arredio e ausência de informações sobre os seus hábitos deram ao cachorro-vinagre (Speothos venaticus) a fama de um fantasma.
A filmagem do cachorro-vinagre ocorreu devido às “armadilhas fotográficas”, fruto da parceria entre o WWF-Brasil e o Instituto Biotrópicos. “Há sete anos tentávamos registrar a espécie na região. Nem acreditei quando vi a filmagem”, comemora o biólogo Guilherme Ferreira, do Biotrópicos.
O cachorro-vinagre tem pelagem marrom escura, corpo alongado de até 70 cm, tem pernas e orelhas curtas e pesa cerca de 5 quilos. O nome tem duas origens possíveis: sua cor e sua urina, que possui um forte cheiro, similar ao vinagre. O animal pode ser encontrado no Cerrado, Mata Atlântica e Amazônia e é um dos menores e mais sociais canídeos da América do Sul, uma vez que forma bandos permanentes com até dez companheiros.
Conservação
A região que vive o bicho, também chamado de cachorro-do-mato-vinagre (Speothos venaticus), sofre com o acelerado desmatamento. E a parca informação sobre o comportamento da espécie dificulta a adoção de estratégias para sua preservação. Além do desmate, conflitos com populações, ataques e transmissão de doenças por animais de estimação são outros problemas enfrentadas por esses canídeos.
A escassez da espécie fizeram especialistas do mundo inteiro tentarem reproduzi-lo em cativeiro, o que foi feito com sucesso na Alemanha. Do país vieram vários desses espécimes para zoológicos brasileiros, onde atualmente o cachorro-vinagre começa a se multiplicar.
(ECOD)
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