O conserto ainda não está perfeito, mas está ótimo para um equipamento automático, que trabalha rodando a 5 km/h.[Imagem: GTRI/Jonathan Holmes]
Desgaste do asfalto
Pesquisadores da Escola de Engenharia de São Carlos, da USP, avaliaram uma nova técnica que consegue prever o desgaste do asfalto em rodovias.
Até agora, no Brasil, só se utilizam métodos empíricos, que não conseguem oferecer previsões razoáveis do desgaste, já que não se consegue levar em conta as variáveis específicas de cada lugar, como clima, materiais, tipo de tráfego, frequência da passagem dos veículos, etc.
Simulação do desgaste das rodovias
Um ponto crucial na modelagem foi a obtenção de dados precisos sobre o peso de cada eixo dos veículos, sobretudo dos caminhões.
Como poucas estradas brasileiras têm equipamento de pesagem em funcionamento, os pesquisadores estão trabalhando para gerar modelos estatísticos que representem a distribuição do tráfego por região.
Os modelos gerados podem ser usados posteriormente para identificar previamente os problemas das rodovias.
"Depois de gerar os modelos de acordo com a frequência do desgaste, usamos o método da AASHTO, que foi disponibilizado na internet. Esse programa gera as curvas de desempenho do pavimento para cada tipo de deterioração", conta Heliana.
O resultado é uma curva da evolução da deterioração do pavimento ao longo do tempo.
Os pesquisadores esperam que o sistema permita aumentar a vida útil dos pavimentos asfálticos, inibindo as trincas. [Imagem: GTRI/Jonathan Holmes]
Conserto automático do asfalto
Agir preventivamente, como propõe o trabalho da pesquisadora brasileira, é sempre a melhor opção.
Como isso nem sempre é possível, uma equipe do Instituto de Tecnologia da Geórgia, nos Estados Unidos, está tentando desenvolver um sistema que permita a identificação dos defeitos no asfalto e, simultaneamente, faça um primeiro conserto emergencial.
O protótipo foi montado em uma carreta, que deve ser rebocada lentamente - cerca de 5 km/h - pela rodovia a ser verificada e consertada.
Em testes em condições reais, o equipamento conseguiu detectar trincas de 3 milímetros de espessura, despejando automaticamente uma mistura selante sobre a trinca.
"Nosso protótipo provou de muitas formas que um sistema automático de conserto de trincas no asfalto é viável," comemorou Jonathan Holmes, coordenador do projeto.
O sistema usa uma câmera estéreo, um sistema de iluminação do asfalto com LEDs de duas cores, para facilitar o processamento digital das imagens, e um equipamento de suprimento do selante, que é controlado pelo computador que analisa as imagens.
Em termos de mão-de-obra, a operação requer apenas o motorista do carro que puxa a carreta.
Redação do Site Inovação Tecnológica
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