“Falta inteligência policial na repressão ao tráfico de animais”, adverte o Marcelo Pavlenco Rocha, presidente da SOS Fauna, uma entidade com 22 anos de atividade no combate a esse crime que troca a biodiversidade de todos por uns trocados a poucos.
A crítica que faz ao planejamento das ações é simples: os policiais deveriam considerar a época e os locais onde a captura de animais é mais frequente, para então criar plantões de fiscalização nas estradas que ligam a região fornecedora à região consumidora, os grandes centros urbanos, em especial as feiras de passarinhos ou “feira do rolo”, onde esse comércio ilegal é comum.
A elaboração de estratégias com apoio de biólogos, ornitólogos e outros conhecedores dos ciclos dos animais visados serviria para potencializar o trabalho dos poucos fiscais e policiais especializados no combate ao tráfico da natureza.
Nas universidades, pessoas que defendem esse tipo de tática. O professor Enrico Bernard, do departamento de Zoologia da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), orientador de pesquisas sobre o comércio ilegal de aves, confirma que é possível se determinar a região de onde os animais são capturados e também a época do ano em que as ocorrências são maiores.
“Esse mapeamento é possível e outros artifícios jurídicos podem ser usados, como a delação premiada”, propõe Enrico Bernard.
(OEco)
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