Árvores para Reflorestamento

Os objetivos do reflorestamento podem ser comerciais (produção de produtos madeireiros) ou ambientais (recuperação de áreas degradadas ou melhoria da qualidade da terra, por exemplo).

No aspecto ambiental, tal prática pode viabilizar uma série de melhorias ecológicas, sociais e econômicas, o que traz impactos positivos e acaba fortalecendo a região agrícola envolvida.

Entre os possíveis benefícios ambientais do reflorestamento estão a diminuição da erosão nos solos, devido à maior cobertura vegetal, produção e sequestro do dióxido de carbono (CO2). No aspecto social podem ser destacadas a geração de empregos e a maior relação entre os cooperados, enquanto o econômico valoriza o giro de capital por meio do emprego do projeto e a contribuição para o aquecimento local do comércio de mudas, defensivos e do produto final, a madeira serrada.

Onde reflorestar

Os programas de reflorestamento devem, sempre que possível, localizar as áreas de plantio de forma estratégica para terem uma função ecológica mais eficiente. As áreas preferíveis são:

Topos de morros - para aumentar absorção da água das chuvas pelo solo;

Encostas de morros - para evitar erosão e carreamento de solo fértil;

Áreas próximas às nascentes d'água - para revitalizar o manancial próximo as margens de rios;

Matas ciliares - para proteger os rios do assoreamento.

As principais categorias de mudas nativas para reflorestamento são as Pioneiras, as Intermediárias e as Climaxes.

PIONEIRAS

Caja mirim – Spondias monbin
Fedegoso - Senna macranthera
Fedegoso gigante – Senna alata
Leiteira – Tabernaemontana fushiaefolia
Pombeira - Cytharexylum myrianthum
Papagaio ou tamanqueira - Aegiphila sellowiana
Capixingui - Croton floribundus
Sangra d’agua - Croton urucurana
Marianeira - Acnistus arborescens

INTERMEDIÁRIAS

Amendoim do mato – Pterogyne nitens
Aroeira vermelha - Schinus terebinthifolius
Cabreúva, Balsamo - Myroxylon balsamum
Canafístula de fava - Cassia ferruginea
Canela branca - Ocotea spichiana
Caroba branca - Sparattosperma leucanthum
Catuaba branca - Eriotheca candolleana
Farinha seca – Albizia haslerii
Guapuruvu - Schizolobium parahyba
Ingá – Inga edulis
Ipê amarelo do Cerrado - Tabebuia chrysotricha
Ipê roxo – Tabebuia avellanedae
Jacarandá da Bahia – Dalbergia nigra
Jenipapo - Genipa americana
Mulungu - Erythrina verna

CLIMAXES

Angico vermelho (mam. Porca) - Anadenanthera macrocarpa
Araribá - Centrolobium robustus
Brauna preta – Melanoxylon brauna
Cedro - Cedrela fissilis
Copaiba - Copaifera langsdorfii
Garapa - Apulea leiocarpa
Cutieira ou boleira – Joanesia princeps
Inuiba - Lecythis lúrida
Ipê amarelo da mata – Tabebuia serratifolia
Jatobá – Hymeneae courbaril
Jequitibá rosa - Cariniana legalis
Paratudo - Hortia arbórea
Pau Brasil – Caesalpinia echinata
Pau dalho - Gallesia intergrifolia
Pau ferro – Caesalpinia ferrea
Pau rei – Pterygota brasiliensis
Peroba do campo – Paratecoma peroba
Sapucaia – Lecythis pisonis
Vinhatico - Plathymenia foliosa

No entanto, vale destacar que existem muitas outras espécies e categorias de árvores que servem para reflorestamento. Mudas frutíferas e até mesmo alguns tipos de ornamentais também são utilizadas.

O reflorestamento de áreas desmatadas (em especial de florestas) captura carbono de maneira mais eficiente do que plantações industriais de monoculturas, segundo pesquisa de cientistas australianos publicada em agosto de 2010 na revista científica Ecological Management & Restoration.

De acordo com o estudo, as áreas reflorestadas estocam em média de 106 toneladas de carbono por hectare, o que equivale a 41,5% a mais do que as 62 toneladas estocadas a cada hectare de área de monocultura de coníferas. As florestas replantadas também estocam cerca de 19% de carbono a mais do que espécies madeireiras misturadas plantadas, que em média estocam 86 toneladas por hectare.

(Fontes: Ecod - Mudas Nativas e Árvores Brasil.)

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