Cientistas identificam genes ligados ao nascimento prematuro. O problema afeta uma em cada oito crianças e coloca em risco não só a vida do bebê, mas também a da mãe
Uma pesquisa realizada por cientistas americanos e escandinavos identificou que o nascimento de bebês prematuros pode estar relacionado à genética.
Os cientistas partiram de uma premissa: o ser humano teve pouco tempo para se adaptar a processos evolutivos que podem dificultar o parto, a exemplo do aumento do crânio para acomodar um cérebro maior e o estreitamento da bacia pélvica para facilitar o andar sobre dois pés. Os pesquisadores presumiram que os genes estariam envolvidos no processo evolutivo que resulta na diminuição do tempo de gestação e do tamanho do feto, já que um bebê menor e mais novo causa menos problemas ao nascer.
A partir dessa hipótese, os cientistas identificaram 150 genes que passaram por um processo de evolução acelerada na espécie humana. Compararam então as diferenças desses genes em duas populações na Finlândia: 165 mulheres que tiveram parto prematuro e 163 que deram à luz no tempo esperado.
Identificaram assim variações no gene responsável pela produção do receptor do hormônio folículo-estimulante (FSHR, na sigla em inglês). Depois, confirmaram a presença das mesmas variações associadas à prematuridade em norte-americanas afrodescendentes.
Para os pesquisadores, as evidências sugerem que o parto tenha mudado ao longo dos tempos, em resposta a outras adaptações exclusivamente humanas. Portanto, a abordagem evolutiva genética deve ser aplicável e deve também ajudar outros pesquisadores a estudar o nascimento prematuro.
Fonte: PLoS Genetics
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