Estão abertas até 13 de maio as inscrições para o Programa L’Oréal/Unesco para Mulheres na Ciência, realizado pela indústria de cosméticos L’Oréal em parceria com a Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) e com a Academia Brasileira de Ciências (ABC).
Incentivar a participação da mulher na produção científica é o principal objetivo do prêmio/Foto: Osvaldo Afonso/Foto: Secom/MG
A premiação tem o objetivo de incentivar a presença da mulher na linha de frente do conhecimento e garantir visibilidade ao trabalho das pesquisadoras, além de oferecer condições favoráveis para a continuidade de projetos por meio de auxílio financeiro.
Para a edição de 2011, podem se inscrever no programa cientistas das áreas de ciências biomédicas, biológicas e da saúde (4 bolsas), ciências físicas (1 bolsa), ciências matemáticas (1 bolsa) e ciências químicas (1 bolsa). Cada vencedora receberá bolsa-auxílio grant no valor equivalente a US$ 20 mil. Desde 2006, o programa já beneficiou 40 jovens cientistas no Brasil.
Nesta edição, o júri será presidido pelo presidente da ABC, Jacob Palis Jr., e contará com um representante da Unesco, outro da L’Oréal e mais oito pesquisadores indicados pela organização científica.
No início de março será realizada a premiação internacional de 2010 do programa, que reúne cientistas de vários países e cujo júri é integrado pela astrofísica e professora do Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas da Universidade de São Paulo (USP), Beatriz Barbuy. Ela foi a laureada do prêmio internacional em 2009, que distingue cinco notáveis cientistas no mundo, sendo uma por continente - e é jurada do programa no Brasil.
Mulheres buscam paridade no setor
Dados da Unesco de 2009 apontam que apenas 29% dos pesquisadores de todo o mundo são mulheres. Na América Latina e Caribe, apenas cinco países atingiram a paridade de gênero nesse quesito: Brasil, Argentina, Paraguai, Venezuela e Cuba.
De acordo com a Unesco, o número de pesquisadores registra franco crescimento no mundo, sendo que só nos países em desenvolvimento registrou alta de 56% entre 2002 e 2007. No Brasil, 46% dos desenvolvedores de pesquisas são do sexo feminino. Há dois anos havia 2,7 milhões de cientistas (de ambos os sexos) nas nações em desenvolvimento, quase 1 milhão a mais do que o registrado cinco anos antes. Estima-se que o índice saltou de quase 6 milhões para 7 milhões.
Apesar das mulheres ocuparem metade das vagas para bolsistas em mestrados, doutorados e pós-doutorados no Brasil, são os homens que ocupam a maior parte dos cargos mais altos de ciência e tecnologia, segundo pesquisa realizada em 2010 pela professora emérita da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) Alice Abreu.
As interessadas podem fazer a inscrição via site do evento.
(Ecod)
0 Comentários
Olá, agradecemos sua visita. Abraço.