Pássaro pré-histórico utilizava asas como arma

Nesta espécie em particular, os ossos eram alongados e grossos, formando um taco que o pássaro conseguia balançar com muita força

Um pássaro extinto da Jamaica usava a asa como uma poderosa arma, similar a um bastão, segundo um novo estudo.

Pesquisadores da Universidade Yale e do Instituto Smithsonian estudaram fósseis das aves não-voadoras pré-históricas e relataram suas descobertas online, na revista “Proceedings of the Royal Society B”. O pássaro pertence à família íbis, um grupo de aves de pernas e bicos longos que vivem em terras úmidas, florestas e planícies.

Quase todos os outros íbis voam. Nesta espécie em particular, os ossos da “mão” são peculiarmente alongados e grossos, formando um taco que o pássaro conseguia balançar com muita força.

“Outros pássaros possuem armas, mas esta não se parece com nenhuma outra”, disse Nicholas R. Longrich, paleontologista de Yale e principal autor do estudo.

Longrich encontrou o fóssil da ave, chamada Xenicibis xympithecus, em 1997, e passou a tentar compreender sua estrutura anatômica. O pássaro foi descoberto na década de 1970 pelo co-autor do estudo, Storrs L. Olson, cientista do Instituto Smithsonian que, na ocasião, também ficou intrigado pelas estranhas asas.

Após estudar uma variedade de pássaros vivos, além de outros já extintos, Longrich e Olson afirmaram que as asas eram provavelmente usadas para combates. Certos tipos de gansos e cisnes estão entre os animais modernos que usam as asas com essa finalidade, diz o relato.

Os pesquisadores não sabiam ao certo por que os pássaros precisavam de armas – poderia ser para enfrentar predadores ou lutar entre eles mesmos, por território.

Longrich disse que estava tentando determinar quando e por que esse pássaro se tornou extinto. O fóssil indica que a espécie pode ter vivido até 12 mil anos atrás, mas o período exato de seu desaparecimento permanece desconhecido.

“Não sabemos se esses pássaros foram extintos depois da chegada dos humanos”, disse Longrich, “e o problema é que não temos muitos fósseis”.

(Fonte: Portal iG)

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